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Dólar opera em alta de 0,96%, vendido a R$ 5,43, e Bolsa cai quase 3%; siga

Ontem o dólar comercial subiu 0,66% e fechou vendido a R$ 5,379 - Marcos Brindicci/Reuters
Ontem o dólar comercial subiu 0,66% e fechou vendido a R$ 5,379 Imagem: Marcos Brindicci/Reuters

Do UOL, em São Paulo

28/09/2021 09h24Atualizada em 28/09/2021 16h03

O dólar comercial operava em alta e a Bolsa em queda na tarde de hoje. Por volta das 15h50 (de Brasília), a moeda norte-americana era negociada por R$ 5,430, com valorização de 0,96%, em meio a persistentes temores fiscais domésticos e forte demanda pela divisa norte-americana no exterior.

No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, operava em baixa de 2,88%, atingindo 110.309,52 pontos, diante do maior pessimismo com a China e com a iminência de um ciclo global de aperto monetário para conter a inflação.

Ontem (27) o dólar comercial subiu 0,66% e fechou vendido a R$ 5,379 e a Bolsa fechou com alta de 0,27%, a 113.583,008 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Pessimismo com China e alta dos juros

Não bastassem os receios de uma quebra da incorporadora Evergrande sobre os setores imobiliário e financeiro, a China passou a preocupar investidores também por questões sobre a oferta de energia, uma vez que restrições ao uso de carvão já começavam a impactar alguns setores da indústria do país. Isso pesava sobre ações de exportadoras brasileiras de metais, incluindo Vale e Usiminas.

A queda de bolsas de Estados Unidos e Europa adicionava pressão, com a combinação de inflação pressionada e expectativa de aperto monetário pesando sobre as perspectivas de empresários e consumidores.

O rendimento do Tesouro dos Estados Unidos dava um salto, refletindo apostas crescentes de alta iminente dos juros, o que pesava sobretudo nas ações de empresas de alto crescimento, movimento refletido na queda de mais de 1,5% do índice Nasdaq.

Por fim, a ata da última reunião do Copom, divulgada nesta manhã, mostrou o Banco Central disposto a estender o ciclo de aperto monetário também para conter a escalada de preços, com algumas instituições financeiras, como o Bradesco, sinalizando que pode rever a projeção de Selic, hoje em 6,25% ao ano, até o fim de 2021.

A especialista em ações da Clear Corretora Pietra Guerra também apontou em nota que o cenário político também pesava, com o governo federal sinalizando possível extensão do auxílio emergencial. "Isso traz algumas preocupações em relação aos gastos do governo e como ficará as contas públicas nos próximos anos", afirmou ela.

Assim, a queda do Ibovespa só não era maior devido à alta de ações de grandes bancos e de Petrobras, que têm grande peso na composição da carteira.

Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.

Com Reuters