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Bolsa opera em alta de 2,6% com inflação no Brasil no radar; siga

Bolsa de Valores opera em alta hoje - Amanda Perobelli
Bolsa de Valores opera em alta hoje Imagem: Amanda Perobelli

Do UOL, em São Paulo*

08/10/2021 11h54

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, opera em alta de 2,6% na tarde de hoje em sessão com números do mercado de trabalho norte-americano e o comportamento da inflação no Brasil sob os holofotes. O número chegou a superar 3%. Por volta das 15h55 (horário de Brasília), o índice subia 2,59%, registrando 113.453,27 pontos.

O dólar comercial, por sua vez, está em queda, após passar a maior parte do dia em estabilidade. A moeda norte-americana atingiu o valor de R$ 5,510 por volta das 15h55 (de Brasília), quando caía 0,16%.

Ontem (7) o dólar comercial teve alta de 0,57%, fechando a R$ 5,517 na venda. Já a Bolsa teve valorização de 0,02%, fechando a 110.585,430 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Inflação

Com o desempenho de hoje até o momento, o Ibovespa ronda a estabilidade no acumulado da semana, após contabilizar uma queda de cerca de 2% até a véspera.

Nos Estados Unidos, o Departamento do Trabalho divulgou que foram criados 194 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, bem abaixo do esperado, mas revisou os dados de agosto para cima, enquanto a taxa de desemprego recuou para 4,8%.

O estrategista-chefe do banco digital Modalmais, Felipe Sichel, destacou que a criação de vagas foi fraca na margem, mas contemporizada pelo desemprego, revisão da leitura anterior, trabalhadores impedidos de trabalhar por motivos climáticos, o avanço nas horas médias trabalhadas, entre outros fatores.

"Assim, o cenário para o Fed (banco central dos EUA) torna-se mais desafiador dado que este foi o último 'payroll' antes da próxima reunião", afirmou em comentário a clientes, referindo-se ao encontro de política monetária do Federal Reserve agendado para 2 e 3 de novembro.

No Brasil, o IPCA acelerou com força em setembro, com alta de 1,16%, e superou 10% em 12 meses pela primeira vez em cinco anos e meio, mas ficou um pouco abaixo das estimativas no mercado, o que abria espaço para algum alívio na curva futura de juros, beneficiando certas ações na bolsa paulista.

Na visão do chefe de pesquisa econômica para a América Latina no Goldman Sachs, Alberto Ramos, o IPCA de setembro foi alto, mas ligeiramente abaixo do esperado, com surpresas favoráveis em alimentos e bebidas e serviços básicos, enquanto a inflação entre bens industriais e duráveis manteve-se elevada.

Ele destacou em comentários a clientes que pressões significativas de custos e insumos, aumento da inflação de serviços, riscos políticos e fiscais persistente, forças inerciais, entre outros fatores, estão contaminando as perspectivas para a inflação do próximo ano.

"Em um cenário de intensas pressões inflacionárias, é baixa a probabilidade de o Banco Central conseguir levar a inflação para a meta de 3,50% em 2022", estimou.

Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.

Com informações da Agência Reuters.