Vice-presidente da Câmara critica PEC dos Precatórios: 'Pedalada descarada'
O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), criticou, em entrevista ao UOL News hoje, a PEC dos Precatórios defendida pelo governo federal. Na avaliação do parlamentar, a proposta é uma "pedalada fiscal".
Uma combinação bombástica de 'fura teto', pedalada fiscal e calote". O governo quer fazer uma pedalada descarada.
Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara
O deputado defende uma alternativa à PEC. "A discussão de furar o teto está superada, o teto será furado. A questão é se será de forma transparente ou dissimulada. O que proponho é pegar o valor que você precisa de espaço fiscal para pagar o Bolsa Família, e o valor dos precatórios pagar fora do teto. São R$ 30 bi que precisa? Paga fora do teto", disse.
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios deve ser votada ainda hoje após seu adiamento na noite de ontem pela segunda vez. A proposta, que pode viabilizar o pagamento de R$ 400 do Auxílio Brasil — conhecido como o novo Bolsa Família —, precisa de 308 votos para passar na Câmara, em dois turnos. Anteontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já tinha desistido de levar a PEC à votação por não ter garantias de aprovação.
Impeachment
Na avaliação de Ramos, também não há clima na Câmara para impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). "Não tenho dúvidas de que Bolsonaro cometeu crimes, mas não há votos para impeachment. Ele ainda tem uma base de apoio popular, que influencia no Parlamento".
Após a aprovação do relatório na CPI da Covid, que indicia Bolsonaro e outros 79 por atos e omissões durante a pandemia, a oposição iniciou um movimento cobrando o impeachment do presidente.
Líder dos oposicionistas na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), por exemplo, pediu Justiça para as mais de 600 mil vítimas da covid-19 no Brasil, ao compartilhar uma notícia que fala sobre a aprovação do relatório da CPI.
A deputada Lídice da Mata (PSB-BA), relatora da CPMI das Fake News, afirmou que o relatório comprova que Bolsonaro é o maior responsável pelas mais de 600 mil mortes. "É evidente que o presidente da República é o maior culpado pela maioria das mais de 600 mil mortes. Todos os crimes a ele imputados no relatório do senador Renan Calheiros foram cometidos e ele é um genocida sim", afirmou no Twitter.
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