Dólar tem alta, vendido a R$ 5,55, e Bolsa cai com mercado atento a PEC
O dólar comercial operava em alta e a Bolsa em queda na tarde de hoje (18). Por volta das 13h55 (de Brasília), a moeda norte-americana era negociada por R$ 5,55, com valorização de 0,47%, à medida que participantes do mercado avaliavam as perspectivas fiscais do Brasil em meio à tramitação da PEC dos Precatórios no Congresso.
No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, caía 0,37%, a 102.567,77 pontos.
Ontem (17) o dólar comercial subiu 0,45% e fechou vendido a R$ 5,524. Já a Bolsa teve desvalorização de 1,28%, fechando a 103.067,680 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
PEC dos Precatórios
O mercado passou a considerar que a PEC seria a opção viável para o governo fornecer auxílio à população de pelo menos $ 400 por família no ano que vem sem levar a descontrole das contas públicas, embora continue sendo vista como prejudicial à credibilidade fiscal do Brasil, por alterar regras do teto de gastos.
Mas temores de adoção de "planos B" pelo governo para financiar mais gastos persistem, enquanto um texto alternativo apresentado à PEC na quarta-feira por três senadores — prevendo o pagamento dessas dívidas da União fora do teto dos gastos públicos — desagradou investidores.
"Isso indicaria que o país não tem liquidez para honrar suas obrigações", disse à Reuters Lucas Schroeder, diretor de operações da Câmbio Curitiba, citando preocupações do mercado com a trajetória da dívida pública no longo prazo.
Além disso, "a imprevisibilidade pesa no mercado", afirmou o especialista, uma vez que não há perspectivas claras sobre qual versão do texto da PEC será aprovada pelo Congresso.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou a proposta dos senadores de tirar o pagamento de precatórios do teto de gastos, ressaltando que, num cenário em que a PEC não seja aprovada no Senado com o formato já chancelado pelos deputados, aí sim ele se preocupará com a economia em 2022.
Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.
Com Reuters
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