Dólar opera em alta de 0,11%, vendido a R$ 5,576, e Bolsa sobe mais de 1%
O dólar comercial e a Bolsa operavam em alta na manhã de hoje (19). Por volta das 13h55 (de Brasília), a moeda norte-americana subia 0,11%, vendida a R$ 5,576, em meio a temores globais sobre aperto monetário nos Estados Unidos, enquanto incertezas fiscais domésticas continuavam no radar.
No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, subia 1,13%, a 103.585,44 pontos, com as discussões em torno da PEC dos Precatórios ainda no radar.
Ontem (18) o dólar comercial fechou com valorização de 0,83%, vendido a R$ 5,57 e a Bolsa teve queda de 0,37%, fechando a 102.563,711 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Em "dia sem 'driver' principal entre as notícias, o mercado está fazendo uma correção depois dos últimos pregões de alta do dólar", disse à Reuters o analista-chefe da Toro Investimentos, Rafael Panonko.
Aperto monetário nos EUA
Esta foi uma semana difícil para moedas emergentes de todo o mundo, uma vez que expectativas crescentes de aperto monetário mais cedo do que o esperado nos Estados Unidos impulsionaram o dólar a máximas em 16 meses contra uma cesta de rivais fortes recentemente.
Sinais de recuperação da atividade econômica no país, combinados à notícia de que a inflação norte-americana subiu à maior taxa em mais de três décadas em outubro em relação ao mesmo período do ano anterior, têm elevado a pressão sobre o Federal Reserve para que aumente os juros já no ano que vem de forma a esfriar as pressões sobre os preços.
Custos de empréstimos mais altos na maior economia do mundo são amplamente vistos como benéficos para o dólar e prejudiciais para o apelo de moedas consideradas arriscadas, uma vez que elevariam a rentabilidade nos mercados dos EUA, destino visto como mais seguro para investimentos.
Incertezas no Brasil
No Brasil, o ambiente segue repleto de incertezas na frente fiscal, conforme investidores acompanham o andamento da PEC dos Precatórios no Congresso.
O mercado passou a considerar que a proposta — pelo menos no formato aprovado em segundo turno pela Câmara dos Deputados neste mês — seria, entre opções disponíveis para o governo fornecer auxílio à população de pelo menos R$ 400 por família no ano que vem, a menos inclinada a descontrole total das contas públicas.
Mesmo assim, a PEC continua sendo vista como prejudicial à credibilidade fiscal do Brasil, por alterar o prazo de correção do teto de gastos pelo IPCA, abrindo espaço para o país gastar mais. "Apesar de isso não configurar tecnicamente que o teto foi 'furado', a mudança da regra no meio do caminho impacta negativamente a credibilidade do regime fiscal", explicaram em relatório analistas da Genial Investimentos.
"O teto, na nossa avaliação, é um mecanismo fundamental para dar credibilidade à dívida pública (...). A questão é: mesmo com a permanência do teto (alterado), quem garante que não será revisto novamente?"
Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.
Com Reuters
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