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Moro critica PEC dos Precatórios e política econômica do governo

Moro chega ao Senado ao lado de senadores do Podemos - Lucas Valença/UOL
Moro chega ao Senado ao lado de senadores do Podemos Imagem: Lucas Valença/UOL

Lucas Valença

Do UOL, em Brasília

23/11/2021 16h37

Ao lado de senadores do Podemos, o ex-ministro da Justiça e pré-candidato à presidência da República Sérgio Moro, recém filiado ao partido, defendeu o texto alternativo à PEC dos Precatórios apresentado pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR).

Segundo o ex-juiz responsável pelos processos da Lava Jato de Curitiba, a responsabilidade social não pode ser incompatível com a responsabilidade fiscal e que "é possível" aprovar o valor de R$ 400 para o Auxílio Brasil, sem prejudicar o teto de gastos.

"Não há como não ter compaixão com os brasileiros e brasileiras que infelizmente passam fome em decorrência do desemprego e da política econômica equivocada", afirmou o ex-ministro da Justiça.

Para Moro, a PEC 23/21, defendida pelo governo federal e aprovada pela Câmara, aprofundará a crise econômica, aumentando o desemprego e diminuindo o salário dos trabalhadores.

"O Podemos não pode compactuar com o desemprego dos trabalhadores brasileiros e gerar situações ainda mais difíceis (à população) sob o argumento de que isso seria necessário para combater a pobreza", disse.

Questionado sobre as atuais críticas à política econômica do governo em que integrou como ministro da Justiça, Sérgio Moro afirmou que "nunca foi responsável pela política econômica".

"O fato é que as promessas da política econômica, de respeito ao teto de gastos, responsabilidade fiscal e crescimento econômico, não foram realizadas. A perspectiva que temos para o próximo ano, infelizmente, é de estagnação ou de recessão, e isso é um reflexo da irresponsabilidade fiscal do governo", declarou.

A redação alternativa proposta pelo Podemos conta também com o apoio dos senadores do Cidadania, liderados pelo senador Alessandro Vieira (SE), que tentam convencer legendas da oposição a apoiar o novo texto.

Caso a PEC 41/21 (do Podemos) não seja aprovada, os parlamentares também defendem mudanças no texto defendido pelo governo. Caso mudanças ocorram, o projeto retornará à Câmara.

Na tarde de hoje, o senador Oriovisto Guimarães se encontra com o líder do governo na Casa, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), para tratar da PEC dos Precatórios.