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Veja 5 comportamentos que vão impactar estratégias de negócios em 2022

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em São Paulo

10/01/2022 04h01

O mundo sofreu uma série de disrupções na sociedade causadas pelos quase dois anos de pandemia. São mudanças nas formas como as pessoas consomem, como elas lidam com tecnologia e nas suas relações com o trabalho.

As empresas, assim, tiveram que buscar novas maneiras de fazer negócios. E a 15ª edição do relatório anual Fjord Trends, da consultoria global Accenture, traz dicas e insights para empresas que buscam ter maior relevância entre seus clientes e colaboradores.

"À medida que os consumidores repensam seus relacionamentos, as marcas terão que lidar com duas grandes responsabilidades: cuidar do mundo de hoje e, ao mesmo tempo, construir um futuro que seja bom para o planeta, os negócios e a sociedade", diz David Droga, CEO da Accenture Interactive.

Para Droga, a chave está em compreender os impactos dessas relações. "As empresas precisam entender essas aspirações e convertê-las em estratégias de negócios que possam ser capazes de impulsionar a relevância e o crescimento dos negócios", afirma o executivo.

De acordo com o relatório, a escassez causada por algumas interrupções nas cadeias de suprimentos, as mudanças de comportamento (e nas expectativas) de colaboradores e o crescimento do alcance de novos ambientes virtuais (como o falado metaverso), farão com que as empresas repensem suas posturas em relação a design, inovação e crescimento.

O Fjord Trends 2022, assim, destaca cinco comportamentos e tendências que devem afetar a sociedade, a cultura e os negócios:

'Seja você mesmo'

As pessoas têm mudado suas formas de agir, como trabalham, como se relacionam e como consomem: na prática, elas estão questionando quem são e o que é realmente importante para elas. Isso tem profundas implicações na maneira como as organizações lideram seus funcionários e moldam novas propostas de valor, além de grandes alterações no relacionamento com clientes.

'O fim da abundância'

A pandemia atingiu diversas cadeias de suprimentos. Isso fez com que as pessoas passassem a lidar com despensas mais vazias, contas de energia mais caras e escassez de serviços, por exemplo. Mesmo sendo temporário, o impacto deve levar a uma mudança na "mentalidade da abundância", baseada na disponibilidade, conveniência e velocidade, o que deve despertar uma maior consciência ambiental dos consumidores.

'A próxima fronteira'

Definida pelo relatório como uma "explosão cultural prestes a acontecer", o metaverso será uma nova fronteira da internet, que combinará as camadas existentes de interfaces e espaços com os quais as pessoas interagem, no mundo físico e no digital. As pessoas esperam que as empresas as ajudem a entender (e transitar) melhor por esse universo.

'Isso é verdade'

Cada vez mais, as pessoas querem fazer perguntas e receber respostas por meio de um simples toque -ou de uma breve troca de palavras com um assistente de voz. Elas estão fazendo cada vez mais perguntas e, para as marcas, essas questões (e o número de canais de comunicação) estão em constante crescimento. Como respondê-las é um grande desafio de design e uma fonte futura de vantagem competitiva.

'Cuidado, frágil'

O cuidado, em todas as suas manifestações (autocuidado, cuidado com o outro, serviços de cuidado e os canais de cuidado, tanto digitais quanto físicos), ganhou ainda mais importância. O cenário trouxe oportunidades e desafios para empregadores e marcas, independentemente de terem relações diretas com temas como saúde ou cuidados médicos. Isso seguirá como prioridade. Empresas de diferentes setores precisam abrir espaço para aprimorar essa relação.