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ANS: Suspensão da venda de controladora da Amil não tem prazo para acabar

O argumento da agência é que só tinha autorizado a transferência da carteira de clientes para a APS, mas não tinha dado aval a negócio com a Fiord - Divulgação
O argumento da agência é que só tinha autorizado a transferência da carteira de clientes para a APS, mas não tinha dado aval a negócio com a Fiord Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL

09/02/2022 14h42Atualizada em 09/02/2022 14h57

O diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Paulo Rebello, disse, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo publicada hoje, que a suspensão da venda da controladora da empresa de assistência médica Amil não tem prazo para acabar.

"Se passar um ano para apresentar essa documentação, vai estar um ano parado esperando que eles apresentem", disse Rebello.

A ANS decidiu ontem barrar o negócio de R$ 3 bilhões da APS (Assistência Personalizada à Saúde), que controla 337 mil planos de saúde individuais da Amil, para a Fiord Capital, empresa de reestruturação financeira.

Controlada pela americana UnitedHealth, a Amil pagou R$ 3 bilhões para a Fiord, do empresário sérvio Nikola Lukic, ficar com a carteira de clientes do Paraná, Rio e São Paulo.

Rebello diz que há três possibilidades em relação à suspensão do negócio: aprovação da transação pela ANS após cumprimento das exigências normativas; indeferimento da transação por incapacidade econômica financeira ou outra exigência não atendida; e a ANS pode sobrestar o processo para que eles completem a documentação exigida.

Negócio com a Fiord sem autorização

O argumento da agência é que só tinha autorizado a transferência da carteira de clientes para a APS em dezembro do ano passado, mas não tinha permitido o negócio com a Fiord que envolve ainda quatro hospitais da Amil em São Paulo e Curitiba.

Neste mês, a Fiord assumiu o controle da APS, que deixou de fazer parte do grupo UnitedHealtH. A APS ainda transferiu sua carteira de planos coletivos (empresariais e por adesão) para outra empresa, a Sobam, que faz parte do UnitedHealth Group.

Durante a entrevista ao Estadão, o diretor-presidente da ANS diz que a principal preocupação da agência é com o beneficiário. "Essa questão, embora tenha uma relação comercial que deve acontecer, está acontecendo e que a agência, em tese, não tem nenhuma preocupação com relação a essa relação prévia, do acordo que é feito entre eles, o beneficiário na ponta é o nosso foco sempre"

Clientes reclamam da Amil

Reportagem do UOL mostra que clientes da Amil reclamam de descredenciamentos de hospitais, confusão na orientação de pacientes e dificuldade de realizar até exames rotineiros em meio às negociações da empresa.

Segundo eles, os problemas acontecem desde o fim do ano passado, e os clientes associam tudo à transferência da carteira de planos individuais e familiares da Amil para outras empresas.