Deputado: Bolsonaro é, sim, capaz de mudar política de preço da Petrobras
Em entrevista ao UOL News da noite desta quinta-feira (10), o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, Nereu Crispim (PSL-RS), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) pode mudar a política de preço da Petrobras.
Na manhã de hoje, a Petrobras anunciou reajustes nos preços da gasolina, diesel e GLP, o gás de cozinha. Nas distribuidoras, o preço médio da gasolina passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro, um aumento de 18,77%. Para o diesel, o valor irá de R$ 3,61 a R$ 4,51, alta de 24,9%. O gás de cozinha passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16%. O aumento entra em vigor a partir de amanhã.
Antes da estatal divulgar o novo reajuste, Bolsonaro disse para seus apoiadores que o preço aumento no mundo todo, e que "não define preço na Petrobras".
"Em várias manifestações, ele [Bolsonaro] falou que era pedido pelo Congresso Nacional de mexer nos preços dos combustíveis, mas a gente sabe que não é isso. Ele tem, sim, capacidade administrativa de interferir, mudar a política de preços", falou o deputado Crispim.
"Faltou vontade política e vontade realmente de atender interesses de grandes investidores internacionais e lobistas de importação de combustíveis que hoje atuam ferrenhamente no Brasil", completou.
Política de preços da Petrobras
Ainda ao UOL News, o parlamentar afirmou que a política de preços da estatal somente beneficia grandes investidores da Bolsa de Valores, lobistas e importadores de combustíveis.
"A Petrobras é pública e ela tem uma finalidade social que é atender a população brasileira, e não mandar mais de R$ 100 milhões para investidores internacionais que atuam na bolsa", avaliou.
Em nota, a Petrobras diz que os valores "refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia".
*Com informações da Reuters
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