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Diretor da CSN: Preços do aço subirão 20% em abril após fim dos descontos

O aumento será feito em duas parcelas -- 12,5% no dia 1° de abril e 7,5% no dia 15 do mês - Getty Images
O aumento será feito em duas parcelas -- 12,5% no dia 1° de abril e 7,5% no dia 15 do mês Imagem: Getty Images

Colaboração para o UOL

16/03/2022 10h58Atualizada em 16/03/2022 10h58

O diretor-executivo comercial da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Luiz Fernando Martinez, disse, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que a entidade vai subir os preços do aço em 20% em meio à alta de custos de matérias-primas e insumos após a guerra na Ucrânia.

O aumento será feito em duas parcelas — 12,5% no dia 1° de abril e 7,5% no dia 15 do mês. "Essa retirada de descontos que haviam sido concedidos no segundo semestre aos clientes é para a compensação da alta de custos das matérias-primas e dos insumos, principalmente do carvão metalúrgico", disse Martinez.

O aumento de preços vai abranger laminados a quente, bobinas a frio e zincadas, aços pré-pintado e galvalume, além de aço longo (vergalhão). Ficará de fora a folha metálica (usada para embalagens).

Os reajustes serão repassados à cadeia de distribuição de aço, às indústrias (linha branca, máquinas e equipamentos, de tubos) e ao setor da construção civil.

"Nosso plano, com isso, é de zerar os descontos que foram dados em momentos de acomodação do mercado, e até subir um pouco", afirmou o diretor. No ano passado, a CSN aumentou seus preços em 85%. Sua principal concorrente no mercado nacional, a 72%.

Placa chega a ser negociada por US$ 1.180 a tonelada

De acordo com Luiz Fernando Martinez, diante da guerra na Ucrânia, aumento das commodities e escassez do produto, atualmente a placa é negociada pelas siderúrgicas na faixa US$ 1.180 a tonelada.

De acordo com o diretor da CSN, o preço do carvão metalúrgico está entre US$ 650 e US$ 700 a tonelada. "No custo da placa (semi-elaborado para fazer as chapas e bobinas), representa US$ 400 a tonelada."

Martinez explica que em 3 de janeiro, o minério de ferro valia US$ 119,50 a tonelada, o carvão, US$ 354,40, e o câmbio estava em R$ 5,63. Agora, o minério está em US$ 135, o carvão na faixa de US$ 650,00 e o dólar vale R$ 5,16. "Levando em conta esses três fatores, houve, em real, um aumento de 37,5% no custo de produção da placa", afirma.