Mega-Sena: Prêmio de R$ 190 milhões rende mais de R$ 1 milhão em CDB
A Mega-Sena acumulou de novo e pode pagar neste sábado (19) cerca de R$ 190 milhões . É o quinto maior prêmio da história em concursos regulares — isto é, sem incluir a Mega da Virada. Quanto pode render isso tudo num investimento?
O UOL conversou com Marcio Loréga, gerente de pesquisa e economia do Pagbank, que compartilhou opções de renda fixa mais conhecidas e vantajosas para quem quer começar a fazer essa fortuna crescer mês a mês. Os cálculos consideram os juros e a inflação de hoje. Se a situação mudar, os ganhos também serão alterados.
O valor do prêmio divulgado pela Caixa já inclui o desconto de 30% da alíquota de Imposto de Renda, ou seja, o vencedor da Mega-Sena receberá os R$ 190 milhões líquidos.
Poupança garante R$ 1,197 milhão
Opção confortável para o brasileiro, a caderneta de poupança é comumente descartada por investidores. Ela tem desvantagens, como rendimento mais baixo em relação a outros títulos, mas é isenta de Imposto de Renda. Serve como uma porta de entrada para os investidores que pretendem ter uma carteira mais arrojada.
A rentabilidade da poupança é de 0,61%, segundo divulgado pelo BC (Banco Central) na quinta-feira (17). Se aplicar os R$ 190 milhões nessa modalidade, o futuro milionário terá ganhos mensais na ordem de R$ 1,159 milhão.
Para Lórega, investir na poupança significa ter prejuízos no médio e longo prazo. "É uma opção conservadora em que se perde poder de compra porque não cobre o avanço dos preços", avalia.
Tesouro Selic e CDB: R$ 1,3 milhão cada
Existem dois títulos com rendimentos similares, mas com uma diferença importante. O Tesouro Selic é emitido pelo governo federal e o CDB (Certificado de Depósito Bancário) que rende 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é oferecido por bancos.
Ambos têm rendimento mensal de 0,7%, o que daria R$ 1,33 milhão de rendimento mensal ao ganhador da Mega-Sena. Esses e os demais cálculos já descontam a alíquota máxima de Imposto de Renda, de 22,5%. Os dois também podem ser resgatados a qualquer momento.
Os títulos de CDB são cobertos em até R$ 250 mil pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), uma entidade privada que protege depositantes e investidores no âmbito do Sistema Financeiro Nacional. Isso oferece uma garantia para o investidor caso a instituição financeira declare falência. Então, a maior parte do prêmio não ficaria coberta por esse seguro.
No caso de títulos públicos, o governo tem de garantir o pagamento ao investidor, independentemente da quantia, diz Loréga. "Um título do Tesouro é mais indicado porque o risco de o governo quebrar é muito baixo. Já a guerra [na Ucrânia] e os casos da variante ômicron na Europa e China mexem com risco de crédito, se pessoas vão pagar seus empréstimos aos bancos, e bancos menores podem sofrer com isso."
Entre Tesouro Selic e CDB, o especialista do Pagbank considera a opção do governo de melhor rentabilidade e segurança.
Tesouro IPCA: título atrelado à inflação
Um título público indicado para os primeiros passos rumo à diversificação é o Tesouro IPCA. Ele chama atenção por estar atrelado ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação brasileira, atualmente em 10,54% no acumulado de 12 meses.
Essa opção é recomendada para o investidor que deseja resgatar o dinheiro em futuro de médio e longo prazo. O governo disponibiliza esses ativos de venda fixa com vencimentos que vão de 2026 a 2055 — ou seja, valem para aqueles que querem comprar uma casa própria ou garantir uma aposentadoria com boa saúde financeira, por exemplo, algo possível para quem souber administrar a fortuna paga pela Mega-Sena.
Em tese, a aplicação de R$ 190 milhões garantiria R$ 1,9 milhão por mês ao vencedor da loteria — o rendimento do Tesouro IPCA está em 1% hoje. No entanto, o Tesouro Direto limita as aplicações mensais a R$ 1 milhão por investidor.
"Diferentemente do Tesouro Selic, o IPCA tem a inflação mais uma taxa prefixada no momento em que a pessoa compra o título. Eu recomendo que o investidor carregue esse investimento até o vencimento e não faça o resgate mensal, justamente pela variação da taxa de juros", finaliza.
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