Queimadas, estocadas? Para onde vão cédulas de dinheiro fora de circulação
Quem nunca pegou uma cédula manchada, cortada ou até rasgada? O dinheiro, produzido a partir da celulose, tem data de validade e, um dia, deve ir para o "lixo". Colocar cédulas novas na praça e tirar de circulação as que não servem mais é papel do Banco Central.
Primeiro, a cédula é fabricada na Casa da Moeda e, então, é emitida pelo Banco Central ao Banco do Brasil, que é contratado para distribuir o dinheiro entre os demais bancos. Nas agências, as cédulas são sacadas e circulam entre as pessoas até estarem totalmente desgastadas.
Quais cédulas saem de circulação?
Segundo o BC, podem ser retiradas de circulação as cédulas manchadas, sujas, desfiguradas, gastas ou fragmentadas; com marcas, rabiscos, símbolos ou desenhos. Também não podem circular as cédulas com cortes ou rasgos em suas bordas ou interior; queimadas ou danificadas por ação de líquidos, agentes químicos e explosivos.
Todas as cédulas danificadas são descartadas?
As cédulas que apenas estão desgastadas pelo uso ainda possuem valor e podem circular normalmente. O que acontece é que quando chegam a algum banco, não voltam ao público. Essa análise das cédulas que podem (ou não) voltar a circular também acontece no Banco Central, de forma automatizada em máquinas.
Para onde vão as cédulas descartadas?
O BC afirma que, atualmente, 92% do total de cédulas inadequadas à circulação são recicladas. A matéria-prima das fibras do papel-moeda serve como insumo energético em fornos para a fabricação de cimento, por meio de co-processamento.
Esse trabalho de reciclagem é feito em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Belém. Somente em Fortaleza, os restos de cédulas ainda são descartados em aterros sanitários.
Como é o processo de reciclagem de uma cédula?
As cédulas consideradas inadequadas para circulação são picotadas e compactadas em volumes em forma de tijolo para facilitar o armazenamento e transporte. Posteriormente, o Banco Central contrata a retirada das cédulas de suas instalações e a preparação para uso como insumo energético.
Futuro
O processo de reciclagem de uma cédula, segundo o BC, ajuda a reduzir o uso de recursos naturais não renováveis e a emissão de gás carbônico, assim como auxilia na eliminação dos resíduos em aterros sanitários.
Apesar disso, o Banco Central afirma que estuda novas formas de aumentar a vida útil das cédulas e alternativas para a reutilização, como parte de um Plano de Gestão de Logística Sustentável.
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