Inflação em março foi de 1,62%, maior para o mês desde início do Plano Real
O índice oficial da inflação no Brasil teve alta de 1,62% em março, de acordo com dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É a maior variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para o mês em 28 anos, desde 1994, antes da implementação do Plano Real.
O número é 0,61 ponto percentual acima do índice de fevereiro, que ficou em 1,01%. A alta foi puxada principalmente pelos setores de transportes —com o aumento do preço dos combustíveis em meio à alta do petróleo no mercado internacional, com a guerra na Ucrânia— e alimentação.
O IPCA acumula alta de 3,20% no ano e de 11,3% nos últimos 12 meses. A leitura está bem acima da meta de inflação para o ano, de 3,5%, que tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.
Os dados de março vieram acima das expectativas de analistas, que previam alta de 1,30%, acumulando em 12 meses alta de 10,98%. A prévia do IPCA (IPCA-15) já havia surpreendido o mercado, com a maior alta em sete anos.
Transportes e alimentação: o maior impacto
O maior peso para a alta foi o setor de transportes, que subiu 3,02% em relação ao mês anterior, e alimentação (2,42%).
No primeiro grupo, os principais responsáveis foram os preços da gasolina (alta de 6,95% em relação ao mês anterior), gás veicular (5,29%), etanol (3,02%) e óleo diesel (13,65%). Além disso, outros serviços da área também subiram de preço, como transporte por aplicativo (7,98%) e a passagem do ônibus urbano (1,27%).
Na alimentação, os principais vilões foram:
- Cenoura (31,47%);
- Tomate (27,22%);
- Leite (9,34%);
- Óleo de soja (8,99%);
- Frutas (6,39%);
- Pão francês (2,97%).
De acordo com o IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta. A única área que caiu na comparação com o mês de fevereiro foi a comunicação.
Veja a inflação em março para cada um dos 9 grupos:
- Alimentação e bebidas: 2,42%
- Habitação: 1,15%
- Artigos de residência: 0,57%
- Vestuário: 1,82%
- Transportes: 3,02%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,88%
- Despesas pessoais: 0,59%
- Educação: 0,15%
- Comunicação: -0,05%
Índices regionais
De acordo com o IBGE, a região metropolitana de Curitiba (2,4%) foi a que teve a maior variação no último mês.
Já o menor resultado foi registrado na região metropolitana de Rio Branco (1,35%).
Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as taxas registradas foram de 1,46% e 1,67%, respectivamente.
*Com informações da Reuters.
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