Sindicatos de servidores do BC querem discutir reajuste com Ciro Nogueira
Em reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, representantes de sindicatos que reúnem funcionários da instituição afirmaram que a proposta de reajuste salarial de 5% para todo o funcionalismo público federal não atende às demandas da categoria. A principal queixa é que o percentual não repõe as perdas inflacionárias nos últimos anos.
De acordo com os participantes da reunião, Campos Neto afirmou que o reajuste é um consenso do governo e foi chancelado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O grupo pediu para que o dirigente intermedeie uma reunião direta entre os representantes sindicais e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, a fim de buscar uma solução.
"As entidades estão reunidas para a construção de um indicativo comum a fim de subsidiar os rumos da mobilização perante a assembleia de 19/4, às 14h. Nossa indicação será de apresentação de contraproposta e de avançar nas negociações", afirmou em nota Fábio Faiad, presidente da Sinal (Sindicato Nacional Dos Funcionários Do Banco Central).
O encontro ocorreu no mesmo dia em que entidades do setor de segurança pública se reuniram com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, para também manifestar insatisfação com a proposta, proferida pelo governo a fim de não desagradar nenhuma categoria do funcionalismo federal.
Internamente, o governo tem estudado ainda aproveitar o espaço de R$ 1,7 bilhão que existe no Orçamento para contemplar só as carreiras policiais e as demandas dos servidores da Receita Federal e do Banco Central.
Outra proposta, rejeitada pelos sindicatos, é de dar reajuste só no vale-alimentação com o R$ 1,7 bilhão previsto no Orçamento de 2020. Segundo integrantes do governo, essa medida medida beneficiaria um número maior de servidores que ganham menos.
A decisão pelo aumento de 5% foi comunicada na última quarta-feira (13) depois de Bolsonaro ter se reunido com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
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