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Pacheco se reúne com estados e fala em proposta para baratear combustíveis

Do UOL, em São Paulo

12/05/2022 11h30

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniu hoje com os secretários da Fazenda dos estados para discutir como conter a alta dos combustíveis.

Para ele, é fundamental que a Petrobras contribua para a solução do problema, cumprindo "sua finalidade social, de fazer com que os preços dos combustíveis não sofram tanta alteração para mais como está acontecendo no Brasil".

Em entrevista coletiva, o senador apontou que a Casa aprovou uma proposta para criar uma "conta de equalização", que usaria os dividendos da Petrobras pagos à União para baratear os produtos.

"A conta de reestabilização, ou de equalização, se utiliza de várias receitas, mas principalmente dos dividendos da Petrobras à União, esses dividendos que hoje são estratosféricos, muito além da média mundial para uma empresa desse segmento, que isso possa ser revertido para a sociedade", afirmou. "Não é confisco, nem fundo, é uma conta de equalização para que a União possa contribuir para a reversão disso para a sociedade e àqueles que dependem de combustível para sobreviver, como caminhoneiros e motoristas de aplicativo".

A Petrobras anunciou ontem um lucro de R$ 44,5 bilhões no primeiro trimestre de 2022, resultado muito maior que o obtido no mesmo período de 2021, de R$ 1,2 bilhão.

Pacheco ressaltou que a Petrobras tem de ser reconhecida como um ativo nacional e uma empresa bem-sucedida, mas que também deve contribuir para diminuir o preço dos combustíveis.

"Não há vilão e mocinho, temos que encontrar os caminhos possíveis e que possam não sacrificar os estados, a União, nem a Petrobras. Ninguém quer sacrifício ao ponto de inviabilizá-los, mas todos querem a contribuição de todos para a solução do problema dos combustíveis", afirmou.

O parlamentar disse que assim que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), retornar ao Brasil, eles irão se reunir com governadores, para tentar manter o congelamento da alíquota do ICMS sobre os combustíveis, e com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para identificarem uma saída para o problema.

Nesta semana, a Petrobras anunciou um novo aumento, de 8,87%, sobre o diesel. Os combustíveis derivados de petróleo vem subindo desde março, com a guerra na Ucrânia e a escalada do dólar ante o real.