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Dólar opera em queda de 1,22%, a R$ 5,078, e Bolsa sobe 1,78%; acompanhe

UOL

Em São Paulo

13/05/2022 09h22Atualizada em 13/05/2022 13h56

O dólar comercial operava em queda e a Bolsa em alta na tarde de hoje. Por volta das 13h55 (de Brasília), a moeda norte-americana caía 1,22%, vendida a R$ 5,078, acompanhando uma melhora no apetite por risco internacional, embora ainda estivesse a caminho de marcar sua quarta valorização semanal seguida.

No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, subia 1,78%, a 107.570,53 pontos, diante de alta dos contratos futuros de ações nos Estados Unidos, em nova sessão marcada localmente por reações a diversos balanços corporativos.

Ontem (12) o dólar fechou com uma oscilação para baixo de 0,08%, cotado a R$ 5,141, e a Bolsa fechou em alta de 1,24%, aos 105.687,64 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Juros nos EUA

Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos, atribuiu o alívio nos ativos de risco internacionais —incluindo as ações, que disparavam tanto em Wall Street quanto na bolsa paulista— hoje a fala recente do chair do banco central dos Estados Unidos, Jerome Powell.

Na véspera, a autoridade máxima do Federal Reserve repetiu sua expectativa de que os juros serão elevados em 0,5 ponto percentual em cada uma das duas próximas reuniões da instituição, reduzindo alguns temores de que o Fed seria forçado a elevar a taxa básica em 0,75 ponto de forma a conter a inflação. Expectativas de um posicionamento mais agressivo do banco central norte-americano tendem a beneficiar o dólar.

Caso feche a semana no azul, a moeda norte-americana registrará a quarta seguida de ganhos contra o real, o que marcaria a maior sequência do tipo desde as cinco valorizações semanais consecutivas encerradas em 8 de outubro de 2021.

O dólar tem sido apoiado no mundo inteiro neste segundo trimestre do ano, não apenas pela perspectiva de juros mais altos nos EUA, mas também pelos temores de uma recessão global, à medida que as principais economias são afetadas pelas consequências da guerra na Ucrânia e por lockdowns para combate à covid-19 na China.

"Se as taxas (do mercado de juros) dos EUA negociarem melhor (mais altas) devido ao aumento da aversão ao risco, podemos esperar um dólar mais forte neste ambiente", escreveram estrategistas do Citi em relatório publicado na noite de quinta-feira. "Com as surpresas de inflação nos mercados emergentes também subindo e este vento contrário para moedas emergentes, mantemos... nossa posição geral comprada em dólar."

Analistas ainda apontam o patamar elevado da taxa Selic, atualmente em 12,75%, como um fator de suporte para o real, já que isso torna a renda fixa doméstica atraente para investidores que buscam retornos altos. O Brasil voltou a liderar a lista dos países com maiores juros reais do mundo.

Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.

Com Reuters