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Preço do café dispara no mercado internacional com frente fria no Brasil

O café arábica para entrega em julho chegou a subir 5,8% em Nova York na segunda-feira (16) - AFP
O café arábica para entrega em julho chegou a subir 5,8% em Nova York na segunda-feira (16) Imagem: AFP

Do UOL, em São Paulo

18/05/2022 11h27

O preço do café arábica subiu nos últimos dias devido ao receio que o clima frio afete a safra de grãos no Brasil, o maior exportador do produto. As informações são da agência Bloomberg.

As regiões agrícolas do país enfrentam temperaturas baixas nesta semana. Hoje, a frente fria avançou para São Paulo e Minas Gerais, estados produtores de café. As temperaturas podem ficar entre 0º e 3ºC.

"O risco é muito baixo de grandes geadas em áreas de cana, e para o café a ameaça é apenas para terras altas em alguns pontos no Paraná ou em Minas Gerais", disse à Bloomberg o meteorologista Donald Keeney, da Maxar Technologies.

Segundo a agência, o café arábica para entrega em julho chegou a subir 5,8% em Nova York, na segunda-feira (16). Os preços subiram 55% no ano passado após geadas em julho reduzirem as colheitas do país e o potencial para este ano.

Onda de frio

A madrugada no Sul do Brasil foi marcada por neve, sensação térmica negativa e incidentes causados pelos fortes ventos em meio a passagem do ciclone Yakecan, que alcançaram mais de 100 km/h, destelhando um hospital em Tramandaí (RS) e tombando um caminhão na Serra do Rio do Rastro (SC).

Em relação ao frio, o recorde negativo ficou com São José dos Ausentes (RS), que registrou - 2°C nos termômetros, com sensação térmica de - 20°C, segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

O meteorologista Giovanni Dolif, pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, explicou, em entrevista ao UOL News, que os ventos fortes que causaram a madrugada mais fria do ano na capital paulista nesta noite devem se repetir.

Dolif diz que a previsão é de que esse ciclone ainda cause ventos fortes hoje no sul e norte de Santa Catarina, Paraná e em São Paulo mais uma vez.

Segundo o especialista, um "ciclone gigantesco" foi o responsável por ventos fortes que causaram a madrugada mais fria em São Paulo esta noite.