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Musk é acusado de assédio sexual por comissária, diz revista; ele nega

Elon Musk desembarca hoje no Brasil para se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro e empresários - Daniel Oberhaus/Wikimedia Commons
Elon Musk desembarca hoje no Brasil para se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro e empresários Imagem: Daniel Oberhaus/Wikimedia Commons

Do UOL, em São Paulo

20/05/2022 09h55

O bilionário sul-africano Elon Musk, presidente-executivo da Tesla e fundador da SpaceX, classificou como "totalmente falsas" as alegações de uma reportagem que informa que ele assediou sexualmente uma comissária de bordo em um jato particular em 2016.

Ontem, o site Business Insider publicou que a SpaceX pagou US$ 250 mil (o equivalente a R$ 1,2 milhão na cotação atual) em 2018 para encerrar uma acusação de assédio sexual de uma comissária de bordo, cujo nome não foi revelado.

Musk rebateu a publicação. Ele escreveu em sua conta no Twitter, rede social que deseja comprar por US$ 44 bilhões, que a matéria pretende interferir no fechamento do negócio. A aquisição está suspensa, segundo o próprio bilionário afirmou na semana passada.

Musk desembarcou hoje no Brasil para se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e empresários.

"Os ataques contra mim devem ser vistos através de uma lente política - este é o seu manual padrão (desprezível) - mas nada me impedirá de lutar por um bom futuro e seu direito à liberdade de expressão". "E, para registro, essas acusações selvagens são totalmente falsas", acrescentou.

A matéria citava uma pessoa anônima que dizia ser amiga da comissária de bordo. O amigo havia prestado uma declaração como parte do processo de acordo privado, conforme a reportagem.

"Eu tenho um desafio para esse mentiroso que afirma que seu amigo me viu 'exposto' - descreva apenas uma coisa, qualquer coisa (cicatrizes, tatuagens) que não seja conhecida pelo público. Ela não poderá fazer isso, porque isso nunca aconteceu", disse ele.

Além de supostamente se expor, Musk esfregou a coxa da comissária de bordo e se ofereceu para comprar um cavalo para ela se ela "fizesse mais" durante uma massagem a bordo, diz a reportagem, citando um amigo da comissária de bordo.

A mulher passou a acreditar que sua recusa em aceitar a proposta de Musk havia prejudicado suas oportunidades de trabalhar na SpaceX e a levou a contratar um advogado em 2018, segundo o Business Insider.

A empresa de foguetes fez o acordo fora do tribunal e incluiu um acordo de confidencialidade que impedia a comissária de falar sobre isso, disse ainda o site.

Vinda ao Brasil para falar sobre Amazônia

Segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, a visita de Musk ao país é "para tratar com o governo brasileiro sobre Conectividade e Proteção da Amazônia".

O encontro do homem mais rico do mundo com Bolsonaro está previsto para ocorrer no hotel Fasano Boa Vista. Outros ministros e empresários foram convidados para o almoço, segundo apurou o UOL.

Até a confirmação de Faria, a reunião era mantida em sigilo pelo Palácio do Planalto, mas já havia indícios do provável assunto do encontro entre Musk e Bolsonaro.

Em abril, o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), disse no Twitter que o bilionário "demonstrou interesse em trazer a SpaceX para cá e vamos trabalhar para consolidar esse negócio".

A SpaceX fabrica sistemas aeroespaciais, transporte espacial e comunicações. Dentro da empresa, há o projeto Starlink para desenvolver satélites de baixo custo para integrar sistemas de internet.

* Com Reuters