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Bolsonaro autoriza nomeação de 1.250 aprovados para PF e PRF

Bolsonaro tenta conceder um reajuste maior para as carreiras de segurança, beneficiando um grupo que compõe sua base eleitoral - Reuters
Bolsonaro tenta conceder um reajuste maior para as carreiras de segurança, beneficiando um grupo que compõe sua base eleitoral Imagem: Reuters

Pedro Vilas Boas

Colaboração para o UOL

26/05/2022 08h52Atualizada em 26/05/2022 09h43

O presidente Jair Bolsonaro (PL) aprovou, de acordo com publicação no Diário Oficial da União de hoje, a nomeação de 1.250 aprovados em concursos da PF (Polícia Federal) e PRF (Polícia Rodoviária Federal).

São 625 nomeações autorizadas para cada órgão. No caso da PF serão ocupados os cargos de delegado, agente, escrivão e papiloscopista.

Ontem, em vídeo publicado nas redes sociais ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, o presidente já havia anunciado a autorização para as nomeações.

"Acabei de assinar dois decretos que autorizam, por parte da PF e da PRF, iniciar o curso de formação para 625 policiais rodoviários federais e 625 policiais federais. Eu sempre digo que o trabalho deles é excepcional para o Brasil e merecem um reconhecimento por tudo isso", disse Bolsonaro.

Em meio às discussões sobre reajuste salarial para essas categorias, o presidente ainda diz no vídeo que espera, em breve, garantir o reconhecimento dos policiais.

"Eles são lucrativos para o Brasil. O reconhecimento é uma coisa importante e a gente espera, no momento certo, poder garantir, materialmente até, o reconhecimento aos policiais federais e aos policiais rodoviários federais".

Bolsonaro quer reajuste acima de 5%

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostra que Bolsonaro tenta conceder um reajuste maior para as carreiras de segurança, beneficiando um grupo que compõe sua base eleitoral. Os demais servidores teriam aumento de 5%.

Ontem, em Davos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o aumento de 5% para o funcionalismo público federal é o único possível e que seria factível dentro do atual Orçamento.

"O presidente gostaria de dar aumento aos policiais mas não pode, é visto como aliciamento", afirmou Guedes a jornalistas durante o encontro do Fórum Econômico Mundial em Davos.