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Lamborghini do 'Rei do Bitcoin' usada pela PF vai a leilão por R$ 629 mil

A Lamborghini foi usada como viatura pela PF em eventos especiais no Paraná - Reprodução/ Polícia Federal
A Lamborghini foi usada como viatura pela PF em eventos especiais no Paraná Imagem: Reprodução/ Polícia Federal

Pedro Paulo Furlan

Do UOL, em São Paulo

19/07/2022 16h55

a Justiça Federal do Paraná leiloa na próxima sexta-feira (22) a Lamborghini Gallardo de Cláudio José dos Santos, conhecido como 'Rei do Bitcoin', preso pela PF (Polícia Federal) e condenado por estelionato e crimes contra o sistema financeiro. O veículo, cujo lance inicial será de R$ 629 mil, já foi usado como viatura da PF em eventos promocionais.

Utilizando a plataforma Kronberg Leilões, o leilão também irá oferecer outros bens do 'Rei do Bitcoin' relacionados à massa falida de sua empresa Bitcurrency Moedas Digitais S.A, como bolsas das grifes Victor Hugo, Burberry e Hermes Paris, além de outro veículo, da marca BMW.

Para o pagamento, não serão aceitos créditos como lance, e os arrematantes deverão pagar, integralmente à vista, uma taxa de comissão de 5%. O leilão poderá ser acessado aqui e começa na sexta-feira, às 10h20.

Antigo dono da Lamborghini, o 'Rei do Bitcoin' estava envolvido em uma quadrilha que aplicou diversos golpes com criptomoedas, vitimizando ao menos 7 mil pessoas. A fraude, segundo a polícia, chegou ao valor de R$ 1,5 bilhão.

Lamborghini foi usada em exposições e eventos

A Polícia Federal, após a apreensão do carro esportivo de luxo durante a Operação Daemon, que prendeu Santos, solicitou autorização provisória para utilizar a Lamborghini como viatura em eventos especiais.

A permissão aconteceu em agosto do ano passado e o veículo não foi usado como viatura comum, mas como exemplo de "descapitalização de bens das organizações criminosas", informou a própria PF.

"Apesar da potência, o veículo não será utilizado nas ações rotineiras da PF como viatura comum, mas sim direcionado para exposições, eventos e ações pedagógicas de repressão ao crime organizado e descapitalização de bens das organizações criminosas", explicou a assessoria da PF em comunicado.