Quem tem pequeno negócio deve estudar sempre, diz criadora da Feira Preta
O empreendedorismo por necessidade é uma realidade no Brasil. Para Adriana Barbosa, CEO da PretaHub, uma aceleradora de empresas de pessoas negras, empreender é a única saída para quem não encontra uma fonte de renda no mercado formal.
De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2021, coordenada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), 48,9% dos novos negócios são abertos ou mantidos por necessidade no Brasil.
"Você pode empreender por intuição, começar por aquilo que você tem dentro de casa, mas vá atrás sempre de educação para que não fique nesse lugar da vulnerabilidade, da escassez, da necessidade, da sobrevivência", afirma Barbosa.
A empreendedora indica que a pessoa busque informações sobre tudo o que envolve o negócio, como entender a melhor forma de cobrar por determinado produto ou serviço e como ter acesso a linhas de microcrédito, essenciais para alavancar os negócios.
Barbosa é um exemplo de alguém que conseguiu usar a educação a seu favor e ampliar seu negócio. Ela começou vendendo roupas nas ruas e hoje é fundadora da Feira Preta, evento que reúne empreendedores negros.
Qual a importância da representatividade? Barbosa diz que é preciso entender o sistema econômico para poder provocar mudanças nele. E que só é possível entender quando as pessoas ocupam espaços —como o evento Expert XP, do qual participou como palestrante.
"Precisamos tentar hackear esse sistema e mudá-lo, o que só podemos fazer quando estamos dentro desses espaços", afirma Barbosa.
Para ela, existem dois extremos ocupados por mulheres negras: o das que estão na base da pirâmide, que precisam acessar os benefícios sociais e, na outra ponta, o das mulheres que têm escolaridade e conseguem estar dentro das empresas.
Que negócios os investidores devem olhar? Barbosa diz que os investidores precisam prestar atenção cada vez mais em negócios diversos e, principalmente, de empreendedores que têm poucos recursos e ainda assim conseguem evoluir.
"Se eu fosse a mulher dos investimentos, olharia esse público que tem escassez de infraestrutura, de tecnologia, de educação, mas tem grau altíssimo de criatividade. Se com a escassez a pessoa consegue empreender, deve ter alguma coisa ali muito potente que deve ser olhada e investida", afirma Barbosa.
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