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Grupo que ostentava vida de luxo é preso por movimentar R$ 2 mi com fraudes

Investigações começaram no mês passado após idosa de 82 anos ser vítima do golpe e perder R$ 15 mil - Reprodução/TV Globo
Investigações começaram no mês passado após idosa de 82 anos ser vítima do golpe e perder R$ 15 mil Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

31/08/2022 14h38Atualizada em 31/08/2022 14h38

Um grupo de quatro suspeitos foi preso hoje no Rio de Janeiro por realizar o "golpe do motoboy" e movimentar, pelo menos, R$ 2 milhões - sendo R$ 1,8 milhão em apenas uma das maquininhas apreendidas pela Polícia Civil. Os integrantes da associação têm idades entre 25 e 42 anos. Além disso, outras seis operações de busca e apreensão foram realizadas pela corporação.

As investigações tiveram início em julho após uma idosa de 82 anos ter sido vítima do "golpe do motoboy" e perdido R$ 15 mil. Desde então, as autoridades foram atrás do grupo para solucionar o caso, que contou com a cooperação das polícias do Rio de Janeiro e do Distrito Federal.

Entre 25 e 29 de julho, eles aplicaram outros golpes e acumularam R$ 200 mil com quatro vítimas. Ou seja, nos últimos oito meses, os suspeitos movimentaram R$ 2 milhões em transações com os cartões bancários das vítimas.

Nas redes sociais, os integrantes da organização ostentavam um alto padrão de vida, com fotografias de viagens para destinos nacionais e internacionais, com hospedagem em hotéis de luxo.

Golpe do motoboy

Segundo a corporação, o golpe tem como principal fator a "engenharia social" para manipular psicologicamente a vítima, fazendo ela fornecer informações confidenciais aos criminosos, como senhas e números de cartões.

A polícia alertou que esses golpes geralmente começam com apenas uma ligação: os suspeitos ligam para as vítimas, na maioria idosos, se passando por funcionários da central de segurança do banco e solicitam a confirmação de uma compra suspeita. A compra em questão nunca existiu e a pessoa lesada diz não reconhecer o gasto.

A partir daí, os criminosos afirmam que o cartão foi clonado e orientam a vítima a efetuar o bloqueio por meio da operadora do cartão - em um número também atendido pelos golpistas. A vítima fornece a senha do cartão para realizar o bloqueio e é informada que um funcionário do banco irá à casa dela para efetuar a coleta do cartão para fins de perícia.

Com o cartão e senha em mãos, são efetuadas transações financeiras com máquinas cadastradas em CNPJ de empresa de fachada ou no CPF de "laranjas", dificultando a identificação dos autores da fraude.