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Bolsonaro sobre Farmácia Popular: 'Acertaremos essa questão no ano que vem'

14.set.2022 - O presidente Jair Bolsonaro (PL) durante comício em Natal - Reprodução/YouTube/Flavio Bolsonaro
14.set.2022 - O presidente Jair Bolsonaro (PL) durante comício em Natal Imagem: Reprodução/YouTube/Flavio Bolsonaro

Do UOL, em São Paulo*

15/09/2022 17h03

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que os recursos para o programa Farmácia Popular, que distribui medicamentos gratuitamente à população de baixa renda, serão mantidos, dizendo que, no caso do Orçamento 2023 não ser alterado pelo parlamento, "acertaremos essa questão no ano que vem". A declaração foi feita ontem à emissora de notícias CNN, durante motociata em Natal (RN).

"Isso [projeto de Orçamento 2023] será refeito agora pelo parlamento brasileiro, e, se não for possível, nós acertaremos essa questão no ano que vem, ninguém precisa ficar preocupado que jamais abandonaríamos os mais humildes na busca de um remédio na Farmácia Popular", afirmou Bolsonaro.

Esse momento de refazer o Orçamento 2023, citado por Bolsonaro, só acontecerá após as eleições.

O plano de Orçamento enviado pelo governo do atual presidente prevê corte de 60% nos recursos do Farmácia Popular, o que restringiria acesso a medicamentos contra hipertensão, asma e diabetes, além disso a produtos como fraldas geriátricas.

Em 2022, as despesas com a gratuidade do programa Farmácia Popular previstas no Orçamento aprovado pelo Congresso foram de R$ 2,04 bilhões. No projeto de Orçamento de 2023, o governo Bolsonaro previu R$ 842 milhões, um corte de R$ 1,2 bilhão.

Na entrevista com a CNN, no entanto, o presidente afirma haver "dinheiro sobrando" e que, devido a isso, esses recursos ao Farmácia Popular devem ser mantidos.

"Ninguém será prejudicado em nosso governo, temos recursos porque não roubamos. Tem dinheiro sobrando para atender a tudo isso", afirmou Bolsonaro.

Cortes no Farmácia Popular restringem acesso a 13 princípios ativos

Segundo alerta da ProGenéricos, associação que reúne os principais laboratórios que atuam na produção e comercialização no País, o corte restringe acesso da população a 13 tipos diferentes de princípios ativos de remédios usados no tratamento da diabetes, hipertensão e asma.

Abaixo, você confere os medicamentos atingidos por corte no orçamento do Farmácia Popular.

REMÉDIO 100% GRATUITO

  • brometo de ipratrópio - asma
  • dipropionato de beclometsona - asma
  • sulfato de salbutamol - asma
  • cloridrato de metformina - diabetes
  • glibenclamida - diabetes
  • insulina humana - diabetes
  • insulina humana regular - diabetes
  • atenolol - hipertensão
  • captopril - hipertensão
  • cloridrato de propranolol - hipertensão
  • hidroclorotiazida - hipertensão
  • losartana potássica - hipertensão
  • maleato de enalapril - hipertensão

REMÉDIO COM COPAGAMENTO (o governo paga até 90% e o beneficiário o restante)

  • acetato de medroxiprogesterona - anticoncepção
  • alendronato de sódio - osteoporose
  • budesonida - rinite
  • carbidopa + levodopa - doença de parkinson
  • cloridrato de benserazida + levodopa - doença de parkinson etinilestradiol + levonorgestrel - anticoncepção
  • maleato de timolol - glaucoma
  • noretisterona - anticoncepção
  • sinvastatina - colesterol
  • valerato de estradiol + enantato de noretisterona - anticoncepção
  • fraldas geriátricas.

*Com informações de Estadão Conteúdo