Não rasgam: notas com rosto de Charles 3º serão todas de plástico
As notas de £ 20 e £ 50 feitas de papel-moeda perderão o valor no Reino Unido a partir de 30 de setembro. Elas serão substituídas por outras, feitas de polímero, um material parecido com plástico, que não rasga, é resistente à água e tem mecanismos contra falsificação.
Essas notas terão o rosto do rei Charles 3º, que assumiu a monarquia após a morte da mãe, a rainha Elizabeth 2ª. Com a mudança, a Grã-Bretanha será a maior economia do mundo a ter apenas notas de polímero. No entanto, por causa de questões logísticas e burocráticas, as notas estampadas com a imagem da rainha continuarão em circulação por tempo indeterminado, rompendo com a tradição de 4 séculos que indica que o dinheiro do país tenha o rosto do monarca vigente.
Mudança começou em 2017. As primeiras notas a passarem pela transição de papel-moeda para plástico foram a de £ 5, em 2017, e a de £ 10, no ano seguinte. A partir de outubro deste ano, todas as notas de papel-moeda perderão o valor no país.
As notas de polímero são melhores que as de papel? O Banco Central da Inglaterra diz que as notas de polímero são mais higiênicas, ecológicas e resistentes. Além disso, elas permitem recursos de segurança aprimorados, como hologramas. Isso as torna mais difíceis de falsificar do que as notas de papel, explica o BC britânico.
Qual é o tempo de vida útil das notas de polímero e papel? Depende da técnica de fabricação, das condições de armazenamento e do quanto a cédula circula na população. O tempo médio de uso das cédulas de papel é de 3 a 5 anos. Mas as de polímero são mais fortes: espera-se que durem quase três vezes mais que a de papel, diz o BC britânico.
Quanto custará para gravar o rosto de Charles 3º nas notas? Com o rosto da rainha Elizabeth 2ª gravado em 4,5 bilhões de cédulas da libra esterlina, o Reino Unido gastaria hoje o equivalente a R$ 3,5 bilhões para seguir o costume, e trocar todas as notas em circulação por versões com Charles 3º.
BC tentou, mas polímero não deu certo no Brasil
A única nota feita de polímero por aqui foi a de R$ 10. A cédula foi lançada em 2000 com o rosto de Pedro Alvares Cabral, em comemoração aos 500 anos do descobrimento do Brasil. Hoje, elas são artigo de colecionador. Atualmente, 3,5 milhões dessas cédulas permanecem em circulação.
As demais notas de real são fabricadas em papel fiduciário — mais áspero que o comum.
Ao UOL, o Banco Central informou que lançou a cédula de R$ 10 em polímero com o objetivo de fazer um teste para avaliar a aceitação pelo público ao material. No entanto, a moda não pegou e a instituição não adotou o material.
"Durante os anos de 2000 e 2001, foi produzida uma tiragem de 250 milhões de cédulas. O resultado do teste não foi conclusivo quanto à conveniência de utilização do substrato, sobretudo em questões relacionadas com o manuseio e procedimentos de tesouraria observados no país", disse a instituição.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.