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Superquarta: FED sempre cai no mesmo dia do Copom? Entenda

Entenda se a Super Quarta sempre cai no mesmo dia do Copom - Getty Images
Entenda se a Super Quarta sempre cai no mesmo dia do Copom Imagem: Getty Images

Luciana Cavalcante

Colaboração para o UOL

21/09/2022 16h44

Hoje (21) ocorre o que os mercados chamam de "Superquarta", quando as reuniões do FED (Federal Reserve System), o banco central dos Estados Unidos e do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) coincidem. Mas não é sempre que isso acontece.

Dos encontros saem decisões sobre as taxas de juros de ambos, o que vai influenciar toda a sua economia. Mas as novas diretrizes sobre a taxa Selic dos Estados Unidos são as mais esperadas, pois impactam não só a economia local, mas também a dos outros países.

"Os Estados Unidos, como grande potência econômica mundial, a cada FED gera uma expectativa do que vai acontecer e influenciar as economias mundo afora, assim como no Brasil. Quando as duas reuniões coincidem, isso gera uma ansiedade no mercado para saber no que essas decisões vão impactar nas outras economias", explica o especialista na gestão de patrimônio da WIT Invest, André Crepaldi.

Superquarta é coincidência

Cada país tem um calendário para que as reuniões desses comitês aconteçam. A do FED (Federal Reserve System), o banco central dos Estados Unidos, ocorre, em média, a cada 30 dias. Já a do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) demora um pouco mais, sendo realizados, a cada 40 dias, em média.

"Nos dois casos, não há uma data certa marcada para acontecer. Elas ocorrem de tempos em tempos, com esse espaço entre uma e outra, em média, por isso nem sempre coincidem. Tanto que a próxima dos Estados Unidos deve ser em novembro e não vai coincidir com a do Brasil", estima o especialista em gestão de patrimônio da WIT Invest, André Crepaldi.

Expectativas para a "Superquarta"

A expectativa sobre os rumos dos juros no Brasil são de estabilidade da taxa Selic, em 13,7%, ou, no máximo, o acréscimo de 0,25%, chegando aos 14%, avalia André Crepaldi.

"Tanto o mercado, como os principais players financeiros estão em consenso de que talvez o Copom mantenha a Selic do jeito que está. Nas últimas reuniões já vem se falando que a taxa já tenha atingido o seu teto de alta, o que serviu para conter a inflação. Já temos dois meses com deflação, ou seja, que a inflação ficou negativa. Isso significa que a alta de juros está surtindo efeito na contenção da inflação no Brasil".

No que diz respeito aos Estados Unidos, o especialista lembra que o país vive um momento diferente do Brasil, que começou a aumentar os juros para conter a inflação bem antes e por isso a taxa deve aumentar.

"Eles ainda estão num momento de acelerar essa subida da taxa de juros para conter a inflação. O FED pode subir 0,75% em outubro, 0,5% em novembro e 0,25% em dezembro, fechando o ano em 3,75%, sendo que essa taxa não subia a esses patamares há mais de quarenta anos e a expectativa é que em 2023 suba mais, até 4,5%", analisa.