Fundo privado, joia e até baleia: como é dividida a herança da família real
Com propriedades em todo o Reino Unido, a família real britânica tem uma fortuna estimada em US$ 28 bilhões, segundo levantamento feito pela Forbes, em 2021. O jornal britânico Sunday Times estimou, em 2022, o valor em US$ 430 milhões, enquanto o livro "The Queen's True Worth", do autor David McClure, fala em US$ 468 milhões.
Com a morte da rainha Elizabeth 2ª, a herança passa para o comando do rei Charles 3º, e o vasto patrimônio fica dividido entre todos os herdeiros. O império tem quatro frentes:
- o patrimônio da Coroa,
- o ducado de Lancaster,
- o ducado da Cornualha e
- a fortuna pessoal de cada membro da família real.
Patrimônio da Coroa
O patrimônio da Coroa, avaliado em 19 bilhões de euros, é o mais vasto de todos. Trata-se de uma espécie de fundo de investimento privado, gerido por um conselho de administradores e presidido pelo monarca regente.
Grande parte da sua receita vem da gestão e exploração comercial de propriedades espalhadas por todo o território do Reino Unido.
Na última década, o patrimônio teve uma valorização de cerca de 70% em média, segundo dados compilados pela Bloomberg, que refletiu com a alta nos preços dos terrenos no Reino Unido.
Ducado de Lancaster e da Cornualha
O ducado de Lancaster é propriedade real desde a Idade Média e pertence ao monarca regente, como o Castelo de Lancaster. Neste caso, as receitas anuais revertem pessoalmente para o monarca.
Igualmente, o ducado da Cornualha pertence diretamente ao filho mais velho do rei. Por isso, o príncipe William o herdou após a morte da avó, depois de mais de meio século sob o comando de Charles 3º.
A prisão de Dartmoor e o Oval, estádio oval de críquete de Londres, são algumas das propriedades repassadas ao príncipe.
Em sua gestão, Charles o transformou em propriedades pouco rentáveis num império avaliado em cerca de 1 bilhão de euros, com receitas anuais na casa dos 24 milhões, 150 trabalhadores e 130 mil hectares de portfólio imobiliário, explicou um artigo do jornal norte-americano The New York Times.
Fortunas privadas
Já as fortunas privadas da rainha Elizabeth 2ª incluem bens de diferentes naturezas. Além do Castelo de Balmoral, a residência de Sandrigham, há também a Royal Art Collection, uma coleção de selos com um valor de R$ 500 mil e as famosas joias da Coroa, avaliadas em mais de R$ 18 milhões.
A monarca também deixou uma grande quantidade de animais, incluindo 32 mil cisnes e números elevados de baleias, peixes e golfinhos.
Segundo a Reader's Digest, a Coroa reivindicou no século 12 a propriedade de todos os cisnes do país, porque eles eram altamente valorizados como uma iguaria em banquetes e festas. Um estatuto de 1324 deu ao rei todas as "baleias e esturjões capturados no mar ou em qualquer outro lugar dentro do reino".
O estatuto vale até hoje, e o ocupante do trono britânico herda a propriedade dos animais conhecidos como "peixes reais". Hoje, o principal objetivo é a preservação ambiental.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.