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Banco Central eleva projeção de crescimento econômico a 2,7% em 2022

Sede do Banco Central em Brasília - Adriano Machado/Reuters
Sede do Banco Central em Brasília Imagem: Adriano Machado/Reuters

Do UOL*, em São Paulo

29/09/2022 08h55Atualizada em 29/09/2022 09h50

O Banco Central melhorou sua projeção de crescimento econômico em 2022 a 2,7%, ante estimativa de 1,7% feita em junho, conforme Relatório Trimestral de Inflação divulgado hoje.

O documento também apresentou previsão de alta de 1,0% para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2023. O Ministério da Economia também prevê expansão de 2,7% para o PIB este ano, mas enxerga uma alta de 2,5% em 2023.

O mercado, segundo a pesquisa Focus mais recente, estima que a economia crescerá 2,67% em 2022 e 0,5% no ano que vem.

Em relação à política monetária, o BC reiterou que se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação.

Atualmente, a taxa básica de juros está em 13,75% ao ano, após o BC ter decidido interromper o ciclo de aperto monetário.

Taxa e acesso a crédito. O Banco Central previu um crescimento do crédito no país de 14,2% este ano, ante estimativa de 11,9% feita em junho.

Agora, a expectativa é que o crédito às famílias suba 16,4% em 2022, contra expectativa anterior de 14,4%. Para as empresas, a elevação foi calculada em 11,2%, ante 8,5% no último relatório.

Para o estoque de crédito livre, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e tomadores, o BC projeta agora uma expansão de 17,2% em 2022, contra alta de 15,2% antes. Para o crédito direcionado, que atende a parâmetros estabelecidos pelo governo, a perspectiva é de alta de 9,7% neste ano, contra 7% antes.

Nas contas do BC, que agora também apresenta previsões para 2023, a expansão do estoque de crédito no ano que vem será de 8,2%. Nesse caso, a autoridade monetária vê alta de 8,7% no crédito às pessoas físicas e de 7,4% no crédito às empresas.

No próximo ano, o estoque de crédito com recursos livres deve ter expansão de 9,6%, ao passo que o saldo com recursos direcionados deve subir 6,0%, completou o BC.

Transações correntes, investimentos e balança comercial. A estimativa para o resultado das transações correntes neste ano piorou, passando a ver um déficit de 47 bilhões de dólares, ante saldo positivo de 4 bilhões de dólares projetado em junho.

Para 2023, o Relatório Trimestral de Inflação projetou um déficit de 36 bilhões de dólares.

O BC passou a ver Investimentos Diretos no País (IDP) de 70 bilhões de dólares em 2022, sobre 55 bilhões de dólares antes. Na visão da autoridade monetária, o patamar deve subir para 75 bilhões de dólares em 2023.

Nas contas do BC, a balança comercial terá superávit de 42 bilhões de dólares neste ano, contra estimativa anterior de 86 bilhões de dólares, ao passo que no ano que vem as trocas comerciais ficariam positivas em 54 bilhões de dólares.

*Com informações de Bernardo Caram, da Reuters