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R$ 1.302 ou R$ 1.320? Casa Civil diz que ministro explicará salário mínimo

Do UOL, em Brasília

06/01/2023 16h08

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta sexta-feira (6) que seu colega Luiz Marinho, do Trabalho, deve convocar uma entrevista para explicar o reajuste do salário mínimo em 2023.

Decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro publicado em dezembro fixou o valor de R$ 1.302 para 2023. É o valor que está valendo. Entretanto, no fim do ano a equipe de Lula prometeu aumentar o valor para R$ 1.320 caso a PEC da Transição fosse aprovada. A medida passou no Congresso e o valor está previsto no Orçamento, mas agora o governo enfrenta outras dificuldades para fixar o piso de R$ 1.320.

Marinho, ministro do Trabalho, vai chamar vocês para um pronunciamento. Se não hoje, na segunda-feira [9] sobre o assunto. Assim foi o pedido do presidente em uma reunião que tivemos ontem para ele falar com a imprensa sobre esse assunto
Rui Costa, ministro da Casa Civil

Como mostrou a Folha, o governo recebeu um alerta de que o aumento pode custar R$ 7,7 bilhões acima do previsto no Orçamento de 2023 — mais que o dobro do valor calculado inicialmente.

O UOL procurou o Ministério da Fazenda para esclarecer se o salário mínimo será de fato alterado para R$ 1.320 e quando o reajuste deve ser feito. A pasta informou que o tema ainda está em discussão e que a decisão cabe ao presidente Lula: "O assunto ainda está em discussão entre os ministérios da área econômica e a decisão final compete à Presidência da República".

Aposentadorias represadas no governo Bolsonaro. Segundo Costa, a gestão Jair Bolsonaro (PL), houve um represamento na liberação de aposentadorias em 2022, o que impactará no gastos com pagamentos de benefícios do INSS em 2023.

Há um impacto evidente no tocante do salário mínimo, no represamento que foi feito das aposentadorias. O represamento não era dificuldade administrativa, era estratégia financeira de um governo --já que, se fosse dificuldade administrativa, não haveria como liberar o valor como foi liberado pós-eleição, então nitidamente fica que não era dificuldade de fluxo administrativo, e sim como estratégia de contenção.
Rui Costa, chefe da Casa Civil

Costa participou da primeira reunião ministerial do governo. Depois, respondeu a perguntas dos jornalistas.