Tebet escolhe economista negra para comandar o Ipea
A economista Luciana Mendes Santos Servo é a nova presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa de Economia Aplicada). O anúncio foi feito pela ministra do Ministério do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
Doutora em economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mestre, também em economia, pela Universidade de São Paulo (USP), Luciana torna-se a primeira mulher negra e a terceira mulher a comandar o órgão.
A escolha vem após uma declaração polêmica de Tebet, que disse no começo do mês que era "difícil levar mulheres negras para trabalhar em Brasília." A ministra afirmou, na época, que os salários oferecidos eram baixos e que isso não estimularia a mudança de cidade.
A fala gerou críticas e foi rebatida pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
"Nós, mulheres negras, sempre estivemos na linha de frente da construção desse país, entregando dedicação e cuidado em todas as atividades que exercemos. No serviço publico, isso não vai ser diferente", afirmou Anielle à época. "Quero me colocar à disposição, a pasta da Igualdade Racial à disposição com o trabalho de mulheres negras servidoras públicas para fortalecer seu trabalho na construção de um Brasil melhor".
Perfil da nova presidente do Ipea
No Ipea desde 1998, Luciana vinha trabalhando em projetos focados na saúde, como "Avaliação de políticas de saúde", "Prioriza SUS", "Contas SHA para o Brasil" e "Conta Satélite de Saúde".
A pesquisadora também é coautora de relatórios do CMAP (Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas), de um estudo sobre a demanda e a oferta de leitos hospitalares e equipamentos de ventilação assistida no contexto da pandemia de Covid-19 e de um trabalho sobre o gasto dos municípios em atenção primária à saúde no Brasil.
Sobre o Ipea
Criado em 1964 como Escritório de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea é uma fundação pública vinculada ao Ministério de Planejamento e Orçamento. Atualmente, conta com sete diretorias e um corpo técnico de pesquisadores na sede, em Brasília, e na unidade descentralizada, no Rio de Janeiro. A missão do Instituto é aprimorar políticas públicas.
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