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Mercadante defende 'juros competitivos' para pequenas e médias empresas

Aloizio Mercadante, Lula e Geraldo Alckmin - Ricardo Stuckert/PR
Aloizio Mercadante, Lula e Geraldo Alckmin Imagem: Ricardo Stuckert/PR

Do UOL, em São Paulo

06/02/2023 14h19

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse nesta segunda-feira (6) que o banco estatal estuda medidas para facilitar o acesso ao crédito para as MPMEs (micro, pequenas e médias empresas)

Mercadante, no entanto, descartou conceder subsídios às companhias, como foi feito em outros governos do PT. "Não queremos um retorno ao passado, mas uma taxa de juros mais competitiva, sobretudo para MPMEs", afirmou o presidente do BNDES em seu discurso de posse.

Segundo Mercadante, isso será feito por meio de mudanças na Taxa de Longo Prazo (TLP) do BNDES. A TLP é a taxa de juros que o BNDES cobra para financiar projetos. Na visão do presidente do banco estatal, a TLP penaliza as pequenas e médias empresas.

Lula x Banco Central

Durante a posse de Mercadante, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar os juros brasileiros. As críticas se intensificaram a partir da quarta-feira passada, quando o Banco Central manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75%. Entenda a polêmica:

  • A Selic está em 13,75% desde 3 de agosto.
  • Na última reunião, em 1º de fevereiro, o BC manteve o percentual da Selic pela quinta vez consecutiva.
  • A taxa é a maior desde janeiro de 2017, quando estava no mesmo patamar.
  • A explicação para a decisão é a de que o governo Lula trazia incertezas fiscais.

Juros altos encarecem o crédito e desestimulam investimentos. Os juros são usados como uma ferramenta para tentar controlar a inflação ou tentar estimular a economia:

  • Quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a cair;
  • Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo;
  • Autoridades monetárias buscam um equilíbrio entre esses fatores e estabelecem metas de inflação para tentar frear o risco de recessão