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Austrália oferece R$ 2,9 mi por ano e casa por emprego que 'ninguém quer'

A pequena cidade de Quairading busca um médico para a vaga de clínico geral, que ficará sem um titular a partir de março. - Reprodução/Instagram
A pequena cidade de Quairading busca um médico para a vaga de clínico geral, que ficará sem um titular a partir de março. Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

13/02/2023 16h36Atualizada em 13/02/2023 17h07

A escassez de clínicos gerais levou uma pequena cidade no estado da Austrália Ocidental a oferecer um pacote de até 800 mil dólares australianos (cerca de R$ 2,9 milhões) e moradia em uma casa com quatro quartos para um médico que aceite trabalhar no local.

Quairading tem cerca de 1.200 habitantes, apenas, e recebeu do atual clínico geral o aviso de que ele deixará a unidade médica local em março. A cidade fica a 160 km de Perth, capital do estado, já numa região marcada por clima quente e predominantemente seco, devido à proximidade com o Grande Deserto de Vitória.

Com a saída do médico, o conselho municipal iniciou a busca por seu substituto, mas a região possui um déficit de médicos especializados em clínica geral, segundo a agência 7News.

Para aumentar as chances de encontrar o novo profissional, além do salário significativo, ainda é oferecida moradia em uma casa de quatro quartos no centro da cidade. Os custos para a prática médica também serão cobertos pelo município.

Peter Smith, presidente do Conselho de Quairading, disse que a cidade está preocupada que seus moradores precisem viajar por mais de uma hora para obter tratamento médico de emergência. "É bastante generoso. Posso dizer que tivemos algum interesse positivo até agora", disse ele sobre a oferta de emprego, que só diante do alto salário e regalias passou a ganhar visibilidade.

Agora, a cidade informa ter recebido 80 candidaturas para a vaga — mas não foi confirmado se a vaga já foi preenchida.

Segundo a imprensa australiana, o país vive uma escassez de médicos e um aumento de 50% da demanda, em um momento delicado, já que a população passa por um processo de envelhecimento.

A Associação Médica Australiana indicou em novembro que haverá 11 mil profissionais em falta nesta área até 2031, caso não se tome atitudes para formar novos clínicos gerais.