Em participação no UOL News nesta terça, Mariana Londres analisou a entrevista de Roberto Campos Neto ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Para a colunista, o presidente do Banco Central tentou afastar a imagem de ser um 'infiltrado' de Jair Bolsonaro (PL) e quis reforçar vínculos com o presidente Lula (PT), com quem vive uma queda de braço em assuntos como redução da taxa básica de juros, meta de inflação e a autonomia do BC.
Ele queria se defender dessa discussão política, que foi esquentando nos últimos dias, de que ele era um 'infiltrado' do governo anterior. O objetivo dele foi, e ele conseguiu isso, defender a autonomia do Banco Central, colocar que a figura dele não importa e acenar para o novo governo no sentido de construir pontes. Mariana Londres, colunista do UOL
Mariana destacou que Campos Neto não se saiu tão bem quando teve que falar sobre questões políticas - nas eleições, o presidente do BC votou usando uma camisa da seleção brasileira, cuja imagem ficou atrelada aos apoiadores de Bolsonaro, e por se manter em um grupo de conversa no WhatsApp com ministros da gestão do ex-presidente.
Diante das circunstâncias, ele foi bem na entrevista. Escorregou um pouco no começo, quando foi questionado sobre a atuação política e ficou na defensiva em relação a esses assuntos e não foi tão bem. Quando entrou nas explicações técnicas, foi muito bem. Mariana Londres, colunista do UOL
Josias: Lula terá dificuldade para arrastar Campos Neto para o centro do ringue
Para o colunista Josias de Souza, Roberto Campos Neto deixou claro que não vai comprar briga com Lula, o que forçará o presidente a encontrar outras alternativas para fazer valer suas ideias a respeito da política econômica de seu governo.
Quando um quer, dois costumam brigar. A entrevista do Roberto Campos Neto mostrou que Lula terá dificuldades para arrastá-lo para o centro do ringue. Campos Neto fez o papel dele e não declarou guerra a ninguém. Restaram ao Lula duas alternativas: continuar espancando o vento ou apresentar os planos do governo para entregar tranquilidade, previsibilidade e prosperidade. Josias de Souza, colunista do UOL
Josias: Bolsonaro comete crime ao transformar governo em bunker eleitoral
Ao analisar a reportagem exclusiva do UOL que reforça a suspeita de uso eleitoral da Caixa Econômica Federal por Jair Bolsonaro, Josias reforçou que o ex-presidente aparelhou diversos órgãos públicos para tentar se reeleger, o que é um crime.
Bolsonaro transformou o governo em um bunker eleitoral. Todos os nichos do governo se voltaram para a reeleição e ainda assim ele não foi reeleito, o que revela a má qualidade do governo dele. É preciso que Bolsonaro seja cobrado na esfera penal e administrativa. Colocou-se uma instituição pública a serviço de uma candidatura. Quem age assim comete crime. Josias de Souza, colunista do UOL
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Quando: de segunda a sexta, às 8h, às 12h e 18h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
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