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Haddad diz que caso Americanas gerou estresse e cobra pronunciamento

15.fev.2023 - Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento do BTG Pactual - Reprodução/BTG Pactual
15.fev.2023 - Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento do BTG Pactual Imagem: Reprodução/BTG Pactual

Do UOL*, em São Paulo

15/02/2023 12h29Atualizada em 15/02/2023 12h44

O ministro da Fazenda definiu a crise das Americanas como um "problema macroeconômico" devido à grandiosidade do calote de R$ 20 bilhões.

Em evento do BTG Pactual, Fernando Haddad comentava a respeito da "ansiedade" diante dos caminhos econômicos do Brasil quando citou o caso das Americanas como exemplo:

Esse caso das Americanas gerou estresse. O André [Esteves, presidente do BTG Pactual] disse: 'Estou com problema microeconômico'. Não, estamos com problema macroeconômico. Um cara que dá um tombo de 0,5% do PIB em 16 mil credores... Estamos aguardando até agora um pronunciamento. Cadê a solução? Tem que ser uma solução."
Fernando Haddad

Para o ministro, o rombo só foi anunciado pela escalada dos juros no Brasil —o que também pode comprometer empresários que têm cumprido com suas obrigações fiscais, argumentou.

Aquilo veio a tona pela taxa de juros. Você podia rolar por mais 3 ou 4 anos aquela bagunça lá, algum momento ia se perceber, mas podia rolar. De repente, a taxa vai de 2% para quase 14%, e o corpo boia, fica todo exposto. Agora, foi um problema de fraude, mas e daqui 1 mês, 2 meses, 6 meses? Será que aquele que se compotou direitinho, pagou seus fornecedores, registrou suas dividas, será que ele vai suportar isso?"
Fernando Haddad

Americanas terão reunião com credores amanhã

As Americanas, que estão passando por um processo de recuperação judicial, divulgaram no final de semana uma atualização da lista de credores, na qual elevou o valor de sua dívida de R$ 41,2 bilhões para R$ 42,5 bilhões.

O número total de credores também foi alterado: ele saiu de cerca de 7.720, sem contabilizar os extraconcursais, para ao redor de 9.460.

Na quinta-feira (16), a varejista fará reuniões "de trabalho" com bancos e credores financeiros, segundo comunicado da companhia.

Os encontros serão promovidos pela Rothschild & Co, contratada "especificamente para mediar as negociações com credores financeiros".

*Com informações da Reuters