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Governo arrecada R$ 251 bi em janeiro, maior valor para o mês desde 1995

Tesouro Nacional - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Tesouro Nacional Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Weudson Ribeiro

Colaboração para o UOL, em Brasília

23/02/2023 11h07Atualizada em 23/02/2023 16h27

A informação foi divulgada hoje pela Receita Federal. O valor foi o maior já registrado para meses de janeiro desde o início da série histórica, em 1995.

Na comparação com o mesmo mês de 2022, houve crescimento real de 1,14%. Em janeiro de 2022, o governo federal havia arrecadado R$ 235,3 bilhões, resultado que até então era o recorde para o mês. Com correção inflacionária, esse valor foi para R$ 248,9 bilhões.

  • 2018: R$ 205,4 bi
  • 2019: R$ 204,1 bi
  • 2020: R$ 213,6 bi
  • 2021: R$ 210,4 bi
  • 2022: R$ 248,9 bi
  • 2023: R$ 251,7 bi

As desonerações totais concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 12,379 bilhões no último mês, valor maior do que em janeiro de 2022, quando ficaram em R$ 6,349 bilhões.

  • A arrecadação de R$ 3 bilhões em Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido foi um dos fatores que contribuíram para o resultado.
  • Por outro lado, o governo registrou perda de R$ 5,65 bilhões na arrecadação de tributos por causa da redução do PIS/Cofins sobre combustíveis e do Imposto Sobre Produtos Industrializados.
  • O aumento na receita previdenciária foi de de 8,63%, para R$ 47,95 bilhões, na comparação com o mesmo mês de 2022.
  • Segundo a Receita Federal, o resultado é explicado pelo aumento da massa salarial, e pelo "crescimento das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária".

Neste ano, o Orçamento aprovado pelo Congresso Nacional prevê déficit primário de até R$ 231,5 bilhões. Em janeiro, o Ministério da Fazenda anunciou um pacote de medidas a fim de para reduzir o rombo fiscal estimado para esse ano para abaixo de R$ 100 bilhões.