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Tales: Haddad deixa claro que Lula o fez ganhar na disputa dos combustíveis

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/03/2023 14h36

O ministro da Fazenda Fernando Haddad deixou claro que foi o presidente Lula (PT) que o fez levar a melhor pela disputa para reoneração dos combustíveis, avalia o colunista do UOL Tales Faria no UOL News.

Ele fez questão de sublinhar que foi o Lula quem decidiu. Por que ele faz isso? Pra dizer assim: 'O árbitro é o Lula'. Houve disputa entre a área econômica, comandada por ele, e a área política, representada pela Gleisi Hoffmann, e ele ganhou. Ele ganhou deixando claro que foi o presidente que o fez ganhar, que tem apoio do presidente".

A decisão do governo de retomar os impostos sobre combustíveis não é uma medida inflacionária, defendeu Haddad, que elogiou a medida anunciada por Lula (PT) durante o UOL Entrevista de hoje.

O que está na ata do BC é que esta medida tomada ontem pelo Lula, com muita sabedoria, contribui para a política de redução de juros. Nós estamos lembrando que esta medida não é inflacionária."
Fernando Haddad durante o UOL Entrevista

Ex-IBP: Governo passa credibilidade ao reonerar o que julga ser eleitoreiro

Em participação no programa, o ex-presidente do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) Eberaldo Almeida considera que é positivo que o governo reonere os combustíveis. Segundo o especialista, a decisão passaria "credibilidade".

Se a gestão da economia do país é uma gestão que gera credibilidade, a moeda é apreciada. Essa atitude do ministro Haddad de reonerar algo que o próprio governo atual julga como medida eleitoreira do governo passado passa credibilidade".

Essas atitudes do governo mostrando seriedade, olhando no longo prazo, essa precificação excessiva feita no câmbio, cai. E quando cai, isso aprecia a moeda nacional e aumenta o poder de compra do brasileiro não só na gasolina, mas no supermercado e todos os itens que são commodities".

Diretor do Fórum de Segurança diz que dados sobre assassinatos 'enganam'

O presidente do FSP (Fórum de Segurança Pública) Renato Sérgio de Lima comentou, durante o programa, o levantamento que mostra que o número de assassinatos caiu 1% no Brasil em 2022.

Os números foram levantados pelo Monitor da Violência, em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e indicam que 40,8 mil mortes violentas foram registradas em todo o país no período.

Questionado se os dados refletem uma queda na violência no país, Lima afirmou que essa afirmação seria exagerada, dado que os sistemas de informação e dados sobre o assunto ainda não são unificados.

Eu diria que é exagerado. Esses números que foram divulgados, infelizmente, nos enganam porque a queda nacional foi de 0,9%. De fato, o total é o menor patamar registrado na série [histórica] desde 2007".

[Mas] Se a gente for olhar com cuidado, é possível perceber que quem puxou a queda foi o Amapá, com quase 29%. O Amapá pode até estar tendo uma redução significativa, mas seu sistema de informação é ruim. Ou seja, seu sistema pode não estar revelando uma queda, mas uma oscilação de registro".

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Quando: de segunda a sexta, às 8h, às 12h e 18h.

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