Campos Neto diz que não viu regra fiscal, mas que prévia 'parecia razoável'
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, diz que ainda não viu a versão final da proposta de nova regra para gastos do governo, mas que a prévia parecia "bastante razoável".
O que aconteceu:
- Campos Neto afirmou que ainda não viu com "detalhes" a proposta apresentada hoje pelo ministro Fernando Haddad. A coletiva de imprensa do BC aconteceu ao mesmo tempo que a apresentação do Ministério da Fazenda.
- O BC tomou conhecimento de uma prévia da nova regra de gastos, antes de o governo "fixar os parâmetros". Campos Neto ressaltou que teve acesso ao documento há "algum tempo".
- Ele pontuou que o chamado "novo arcabouço fiscal" deve entrar como um fator nas decisões de política monetária do Copom. Segundo Campos Neto, o BC precisa analisar as novas regras.
- Campos Neto também defendeu a manutenção da taxa de juros em 13,75%, ressaltou a autonomia do BC e frisou que o órgão não deve se envolver em temas políticos.
Entendemos que há uma boa vontade muito grande da Fazenda. Quando olhamos os parâmetros, sem calibragem, parecia bastante razoável, mas faz algum tempo. Não quero fazer comentário sem saber como é o arcabouço, mas a gente reconhece o esforço que está sendo feito pela Fazenda. Denota preocupação com a trajetória da dívida.
Campos Neto em coletiva de imprensa do BC
Nosso processo não tem nenhum componente político. O custo de combater a inflação é alto a curto prazo, mas não fazê-lo tem um custo muito maior.
Campos Neto em coletiva de imprensa do BC
A proposta do governo para o chamado novo arcabouço fiscal terá uma trava para impedir que os gastos federais cresçam mais do que a arrecadação, mas contará também com um limite mínimo para a evolução das despesas, de acordo com documento divulgado pelo Ministério da Fazenda.
A medida estabelece que as despesas públicas não poderão crescer mais do que 70% da variação das receitas.
*Com informações de Reuters
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