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Brasil cria 195 mil empregos formais em março; salário médio cai

Dados do Caged foram divulgados hoje pelo governo federal - Saulo Angelo/Futura Press/Estadão Conteúdo
Dados do Caged foram divulgados hoje pelo governo federal Imagem: Saulo Angelo/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

27/04/2023 14h08Atualizada em 27/04/2023 15h21

Foram criados 195.171 empregos com carteira assinada no Brasil no mês de março, apontam dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho.

O que aconteceu?

O número de empregos formais criados caiu 20,6% na comparação com fevereiro, quando o saldo foi de 245.813 vagas. O resultado, porém, representou uma alta de 97,6% na comparação com março de 2022, quando foram criados 98.786 empregos.

O saldo de 195 mil empregos em março é o resultado de 2.168.418 admissões e de 1.973.247 desligamentos registrados no mês. No acumulado no ano, país criou 526 mil empregos formais.

Resultado veio acima do esperado por investidores. Pesquisa feita pela agência de notícias Broadcast esperavam um saldo positivo de 96 mil novos postos de trabalho.

Salário médio de admissão cai. Os novos contratados receberam, em média R$ 1.960,72, R$ 30,06 a menos do que a média de fevereiro, uma redução de 1,51%.

Número de trabalhadores com carteira assinada no país chega a 42,97 milhões. Contingente representa um aumento de 0,46% em relação ao mês anterior.

Todas as regiões do país registraram crescimento no número de vagas. O maior saldo foi no Sudeste (+ 113.374 empregos), e o menor, no Norte (+ 10.077 empregos). A maior variação na comparação com o mês anterior foi no Centro-Oeste (+0,6%), e a menor, no Nordeste (+0,2%).

Serviços lideram abertura de vagas. Setor teve saldo de 122.323 novos postos de trabalho em março. Na sequência, ficaram construção (33.641), indústria (20.984) e comércio (18.555). Já a agropecuária perdeu 332 empregos formais no mês.

O que é o Caged

Os dados do Novo Caged se referem apenas às vagas com carteira assinada. Como as companhias podem atualizar as informações de contratações e desligamentos de maneira retroativa, os dados podem variar de mês a mês. O levantamento não capta os dados do mercado de trabalho informal, como a Pnad Contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por exemplo.

Desde janeiro de 2020, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo eSocial. Atualmente, todas as empresas estão obrigadas a declarar as movimentações de trabalhadores formais por meio do eSocial. Com a mudança, a metodologia do Novo Caged passou a ser composto por informações captadas dos sistemas eSocial, Caged e Empregador Web.