Ao analisar o anúncio da Petrobras da nova política de preços e fim da paridade internacional, o colunista do UOL Josias de Souza afirmou tratar-se de "uma volta ao passado" e foi cauteloso ao falar dos riscos desta mudança.
Pode melhorar ou piorar muito para o consumidor. Esta mudança determinada pela Petrobras significa uma volta ao passado. Como não pode faltar combustível, a Petrobras tem que fornecê-lo e fará isso a preços não competitivos. Alguém vai pagar essa conta, que costuma morrer no Tesouro Nacional, portanto no nosso bolso. É preciso ver qual mágica a Petrobras fará para absorver a volatilidade quando o preço sofrer grandes variações no mercado internacional. Josias de Souza, colunista do UOL
Em participação no UOL News, Josias considera que o grande teste para a nova política de preços da Petrobras será quando houver uma grande oscilação no mercado internacional. O colunista alertou para o risco de a conta cair no colo dos consumidores, já que a estatal precisaria compensar de alguma forma se o plano der errado.
Hoje, o preço está anestesiado porque não há grandes variações no mercado internacional, mas está sujeito a grandes oscilações, determinadas pela vontade do cartel da Opep. Se houver uma grande oscilação, aí veremos se essa nova política de preços da Petrobras funciona ou não. Se não funcionar, a volatilidade terá que ser absorvida por alguém, que será a Petrobras. O mercado privado não vai perder dinheiro. Josias de Souza, colunista do UOL
Bergamo: Lula, enfim, consegue algo de impacto com anúncio da Petrobras
Mônica Bergamo avalia o anúncio da Petrobras como uma vitória de Lula, que cumpre uma de suas grandes promessas de campanha e supera as dificuldades para a aprovação de outros projetos importantes.
Essa é uma das poucas vezes em que uma das promessas do governo é cumprida tão firmemente. Ele não conseguiu mudar as regras do saneamento e, de certa forma, reestatizar a Eletrobras. Está muito difícil para o Lula cumprir suas promessas, o que o deixa bastante angustiado. Hoje deve ser um dia de grande felicidade para ele por conseguir fazer algo de muito peso e impacto. Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo
Maierovitch: Caso Michelle e Cid tem forma precária de lavagem de dinheiro
Wálter Maierovitch analisou as explicações da defesa de Jair Bolsonaro (PL), que minimizou as transações em dinheiro vivo identificadas pela Polícia Federal. Para o colunista, as movimentações financeiras envolvendo Michelle Bolsonaro e Mauro Cid consistem em uma "forma precária de lavagem de dinheiro".
Essas explicações são insuficientes. Essa forma de emprestar cartão de crédito é ordinária e se chama 'utilização de laranja'. Quem cobre esse cartão é um coronel. De onde provém esse dinheiro? É isso o que a Polícia Federal está apurando e se a origem dele é lícita ou ilícita. Wálter Maierovitch, colunista do UOL
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Quando: de segunda a sexta, às 8h, às 12h e 18h.
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