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Abusos como o do Burger King são frequentes, diz secretário do Trabalho

Colaboração para o UOL, em São Paulo

19/05/2023 19h16

O secretário do Trabalho de Sergipe, Jorge Elias Menezes Teles, comentou durante sua participação no UOL News desta sexta-feira (19) o caso do funcionário do Burger King que disse que precisou urinar no chão por não poder sair de quiosque. O secretário afirmou que, para o trabalhador tornar pública uma cena tão forte, ele deve estar passando por uma situação reiterada.

Para o trabalhador ter a coragem de publicizar um fato desses, com certeza ele tem algo muito relevante e uma condição reiterada que pode estar acontecendo. Esperamos que isso seja apurado, vamos acompanhar muito de perto esse processo de apuração e vamos lutar para que a justiça seja feita e esse seja um caso que sirva de modelo para que isso nunca mais volte a acontecer aqui no nosso estado".

"O trabalhador tem uma relação de fragilidade perante o empregador", completou.

Sakamoto: Burger King tem bilionários brasileiros e empregado que não pode ir ao banheiro

Durante sua participação no UOL News, o colunista Leonardo Sakamoto também falou sobre o caso e afirmou que é deplorável que essa situação ocorra em uma empresa que é controlada por bilionários.

Deplorável que uma cadeia de fast food controlada por bilionários, pelas pessoas mais ricas do Brasil, tenha uma situação dessas. Este trabalhador teve que fazer xixi nas calças porque ele não podia sair do quiosque. Claro que não é trabalho escravo, mas é uma situação extremamente precária de trabalho, uma situação vexatória de trabalho".

Sakamoto ainda destacou que o salário do rapaz, que acabou exposto pela situação, deve ser muito baixo.

Provavelmente, o salário dele é minúsculo, ridículo, e ele está se expondo a isso para gerar lucratividade para uma empresa controlada, sim, por alguns dos maiores bilionários do Brasil. Olha essa diferença, essa desigualdade nesse processo. Essa pessoa está mijando nas calças para fazer dinheiro para milionário".

Sakamoto: Deltan vive fim melancólico após querer ser o justiceiro da nação

O colunista do UOL Leonardo Sakamoto comentou durante sua participação no UOL News desta sexta-feira (19) a respeito da carreata organizada pelo ex-procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol, que teve o mandato cassado por unanimidade pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Poucas pessoas acompanharam o ex-deputado federal.

É triste. Deltan Dallagnol tinha voos maiores, queria ser governador do Paraná, queria poder influenciar na política nacional. Então, essa cena da carreata é um fim melancólico para alguém que já quis ser um justiceiro da nação".

"A maior parte do povo paranaense está trabalhando nessa hora, produzindo riqueza, ganhado o pão do dia a dia, não vai ter tempo para apoiar um político que cavou a própria cova", completou.

Sakamoto ainda afirmou que a atual situação do ex-procurador foi provocada por suas próprias ações.

Ninguém é mais responsável do que próprio Deltan Dallagnol pela situação que se encontra agora. Foi dado a ele um papel de responsabilidade muito grande com relação ao combate a corrupção, uma coisa muito importante, e ele passou por cima das regras, cometeu muitos delitos. Na tentativa de combater crime ele cometeu crimes".

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