IPCA: Inflação desacelera para 0,23% em maio e atinge 3,94% em 12 meses
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país, desacelerou para 0,23% em maio, abaixo das expectativas. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em abril, o índice foi de 0,61%.
Em 2023, a alta acumulada do IPCA é de 2,95%. Já nos últimos 12 meses, o índice é de 3,94%.
O que indica o IPCA atual?
A inflação para o mês é a menor desde setembro de 2022, quando foi registrada uma deflação de 0,29%, impulsionada, na época, pela queda no preço dos combustíveis.
A taxa no acumulado em 12 meses é a mais baixa desde outubro de 2020, quando ficou em 3,92%.
Veja a inflação em maio para cada um dos grupos pesquisados
- Saúde e cuidados pessoais: 0,93%
- Vestuário: 0,47%
- Alimentação e bebidas: 0,16%
- Transportes: -0,57%
- Habitação: 0,67%
- Despesas pessoais: 0,64%
- Artigos de residência: -0,23%
- Educação: 0,05%
- Comunicação: 0,21%
Os grupos de Transportes foram os únicos a registrarem queda no mês. No primeiro, destacam-se os recuos nos preços das passagens aéreas (-17,73%), além do resultado de combustíveis (-1,82%), por conta das quedas do óleo diesel (-5,96%), da gasolina (-1,93%) e do gás veicular (-1,01%).
A desaceleração também foi influenciada pela forte desaceleração nos preços de alimentos. A taxa do grupo de Alimentação e bebidas passou de 0,71% em abril para 0,16% em maio. "Trata-se do grupo com maior peso no índice, o que acaba influenciando bastante no resultado geral", explica André Almeida, analista da pesquisa. Entre as quedas, destaque para os preços das frutas (-3,48%), do óleo de soja (-7,11%) e das carnes (-0,74%).
Do lado das altas, os destaques foram as altas de plano de saúde (1,20%), itens de higiene pessoal (1,13%) e produtos farmacêuticos (0,89%).
Expectativas
Resultado veio melhor que o esperado. Nesta semana, economistas do mercado financeiro baixaram a projeção para o IPCA de maio no Boletim Focus: a mediana passou de 0,39% para 0,37%. Já a expectativa para a inflação dos próximos 12 meses cedeu de 4,69% para 4,60%, de 5,14% há um mês.
Para o Ministério da Fazenda, resultado mostra processo desinflacionário em curso. "Embora se espere um aumento nesse indicador a partir de julho, em função do efeito-base pela retirada da deflação dos combustíveis no período de julho a setembro de 2022, verifica-se que um processo desinflacionário está ocorrendo", afirmou o governo, em nota..
Apesar da desaceleração da inflação, a aposta do mercado é que um corte na taxa básica de juros ainda não ocorrerá na reunião deste mês do Banco Central. "O Copom poderia cortar a Selic não reunião de junho? Poderia. O colegiado vai cortar? Não, não vai. A questão na mesa é que não se pode dar "um cavalo de pau" na comunicação, logo o que espero é ver sinalizações claras na próxima ata que há espaço para algum afrouxamento monetário no segundo semestre e isso já vai ajudar - e muito - o humor empresarial e a retomada da economia", afirma o economista André Perfeito.
Como se calcula o IPCA?
O índice é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, residentes em áreas urbanas.
Entre as categorias consideradas para mapear o aumento, diminuição ou estabilidade geral nos preços, estão os custos com alimentação e bebidas, habitação, saúde, transportes, educação, entre outros.
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