Brasil se mantém na liderança em ranking mundial de juros reais
Mesmo com o primeiro corte em 3 anos na taxa básica de juros brasileira, o país segue na liderança em ranking global de juros reais, segundo levantamento da Infinity Asset Management
O que aconteceu
A Selic passou de 13,75% para 13,25% ao ano. O Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), decidiu nesta quarta-feira (2) descer a taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,50 ponto percentual
Os juros reais estão agora em 6,68% ao ano. Com essa taxa, o Brasil se mantém no topo do ranking que compara as taxas das 40 maiores economias.
A taxa de juros real é calculada a partir do abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses. O cálculo considera a a taxa de juros DI a mercado para 12 meses no vencimento mais líquido (outubro de 2024).
Juro real no Brasil supera o do México (6,64%), Colômbia (6,15%) e Chile (4,60%). Nos Estados Unidos, a taxa está em 1,82%. "O Brasil reforça a 1ª colocação no ranking mundial de juros reais, preservando o pódio pela 7ª reunião consecutiva", diz o relatório da Infinity.
Em termos nominais, o Brasil ocupa a 4ª colocação. Está abaixo da Argentina (97%), Turquia (17,5%) e Hungria (15%). Vários bancos centrais seguem elevando os juros para controlar a inflação. O levantamento mostra que de um total de 176 países, 59,09% mantiveram os juros, 31,82% elevaram e 9,09% cortaram nas últimas decisões.
Expectativa é de novos cortes na Selic nos próximos meses. Por ora, a expectativa do mercado é de que a Selic termine em 12% em 2023 e em 9,25% em 2024, segundo as projeções do último Boletim Focus.
Países com as maiores taxas de juros reais
- Brasil 6,68%
- México 6,64%
- Colômbia 6,15%
- Chile 4,60%
- África do Sul 3,82%
- Filipinas 3,80%
- Indonésia 3,63%
- Hong Kong 2,83%
- Reino Unido 2,36%
- Israel 2,23%
- Nova Zelândia 1,96%
- Estados Unidos 1,82%
- China 1,67%
- Malásia 1,64%
- Bélgica 1,57%
- Coreia do Sul 1,57%
- Espanha 1,48%
- Índia 1,48%
- Grécia 1,47%
- Rússia 1,46%
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