Com alta do PIB, 'país está pronto para mudar de patamar', diz CEO do Itaú

O CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, afirma que o crescimento do Brasil deve ser próximo de 3% em 2023. Ele também disse que "o país está pronto para mudar de patamar". Maluhy participou de um painel nesta sexta-feira (1º) no Brazil Lide Development Forum, evento organizado pelo Lide em Washington (EUA).

Crescimento do Brasil

PIB brasileiro deve ser próximo de 3% em 2023. Maluhy disse que o dado do banco está sendo revisto e que a divulgação do PIB do segundo trimestre reforçou a visão positiva do banco.

Em 2024, a expectativa é de que crescimento seja menor. Maluhy não disse durante o evento qual o crescimento projetado pelo banco para o próximo ano.

Em relação ao curto prazo, acreditamos que a economia deve apresentar um crescimento próximo a 3% esse ano, esse é o nosso número sendo revisto. O PIB do segundo trimestre foi divulgado hoje de manhã e veio acima das expectativas do mercado. Ele confirma essa visão, com destaque positivo para o consumo das famílias, que seguiu acelerando, então tem muita resiliência aqui no mercado de trabalho.
Milton Maluhy Filho

A despeito das incertezas remanescentes, o país encontra-se pronto para avançar e mudar de patamar em termos de taxa de crescimento. Nós, as instituições financeiras e as instituições financeiras multilaterais representadas aqui, podem e devem contribuir bastante para esse movimento, não só como fonte de financiamento, como de expertise.

O que pode fazer o Brasil avançar.

Reforma trabalhista, autonomia do Banco Central e avanço da reforma tributária para o Senado. Esses são pontos importantes para o crescimento do país, afirmou o executivo.

"Surpresas positivas" foram o que motivaram maior otimista para o crescimento do Brasil. Maluhy diz que o país registrou uma "sequência de surpresas positivas" e que os modelos econômicos não foram capazes de capturar adequadamente os efeitos de todas as reformas que foram aprovadas no país nos últimos anos. Maluhy diz que cenário "aponta conclusivamente para o crescimento tendencial da economia brasileira".

Para 2024, a gente espera um crescimento um pouco menor, mas graças aos efeitos importantes e defasados da política monetária, no combate, naturalmente, à inflação.
Milton Maluhy Filho

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