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Alckmin defende BNDES e diz que plano da indústria não tem impacto fiscal

O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), disse hoje, em entrevista exclusiva ao UOL, que o recém-lançado plano para a indústria "não vai ter impacto fiscal".

O que aconteceu

Alckmin afirmou que o plano para a indústria não tem a ver com a questão fiscal do país. Um potencial impacto da nova política estressou os mercados na segunda (23). Alckmin atribuiu a reação negativa à desinformação.

Ele diz que o governo não fará novos aportes no BNDES e falou que há "um certo preconceito" com o banco de fomento.

O BNDES lá atrás financiou porque você tinha TJLP [taxa de juros de longo prazo, que não é mais usada como referência nos contratos do banco], então você financiava alguns setores. Acabou. Não existe mais isso.
Geraldo Alckmin, vice-presidente da República

Alckmin também defendeu os R$ 8 bilhões de um programa do BNDES para incentivar estudos de uso de minerais críticos, como cobre, nióbio, entre outros, e biotecnologia. O banco participará com um fundo com crédito nessas empresas.

Não tem dinheiro fiscal, o que tem está previsto no Orçamento. O BNDES não vai pedir dinheiro para o Tesouro, não vai. Não tem acréscimo do ponto de vista fiscal, o BNDES não vai comprar ações de empresas, o que você tem é apoio à inovação, senão a indústria morre.
Geraldo Alckmin, vice-presidente da República

Ele disse que é necessário renovar o parque industrial brasileiro, que tem mais de 12 anos. "Nosso parque está envelhecido. O governo não está abrindo mão de imposto. A empresa ganha no fluxo, ela deprecia mais rápido o seu ativo no primeiro e no segundo ano para estimular a renovar o parque industrial."

O que é o plano da indústria

No plano industrial, o governo prevê R$ 300 bilhões em linhas de crédito, subsídios a empresas e exigências de conteúdo local nos produtos. Alckmin diz que o plano vai incentivar a inovação tecnológica. A nova política busca estimular o desenvolvimento produtivo e tecnológico, ampliar a competitividade da indústria brasileira, impulsionar a presença do Brasil no mercado internacional, investir em combustíveis verdes, entre outras medidas.

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O plano foi recebido com uma reação negativa do mercado financeiro, com elevação do dólar, por exemplo, devido a temores com o impacto fiscal. Houve ainda críticas de alguns setores de serem propostas ultrapassadas e sem metas claras.

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