LVMH, Gucci e Dudalina: conheça outras fusões e aquisições da moda no mundo
A fusão entre Arezzo e Soma não é a primeira do mercado de moda. Um dos casos mais icônicos é o da LVMH, empresa dona das marcas Louis Vuitton, Rimowa e Moët & Chandon.
Papel das fusões e aquisições
O mercado de moda viveu algumas fusões e aquisições emblemáticas. Para Sophia Prado, sócia da Fortezza Partners, especializada em M&As, as operações permitem que as empresas façam uma expansão no alcance geográfico, diversifiquem as linhas de produtos e alcancem economias de escala.
As fusões e aquisições desempenham um papel crucial nesse processo, permitindo que as empresas ampliem seu alcance, diversifiquem seus negócios e fortaleçam sua posição competitiva no mercado.
Sophia Prado, sócia da Fortezza Partners
LVMH
A LVMH é um conglomerado com sede em Paris composto por 75 marcas independentes, principalmente bebidas, alta-costura e cosméticos. Em 2023, a holding gerou uma receita de 86,2 bilhões de euros (R$ 461,25 bilhões), resultado 13% maior do que o registrado no ano anterior. Com mais de 213 mil funcionários e 6.000 lojas, a companhia ostenta o título de maior conglomerado de luxo do mundo.
As subsidiárias da empresa incluem muitas marcas de luxo famosas. Algumas delas são Bulgari, Dior, Fendi, Givenchy e Louis Vuitton. Elas também possuem a varejista Sephora e lojas de departamento em Paris. A marca mais antiga da empresa é a produtora de vinhos Château d'Yquem, fundada no final do século 16.
Em 2017, a LVMH adquiriu a casa de moda Christian Dior, consolidando ainda mais seu domínio no mercado de luxo. Essa aquisição permitiu à LVMH fortalecer sua posição no segmento de alta-costura e expandir seu portfólio de marcas, segundo Prado.
Tapestry Inc., Kate Spade e Capri
A Tapestry Inc (antiga Coach) adquiriu a marca Kate Spade, que vende bolsas e acessórios. "Essa aquisição permitiu à Tapestry expandir sua presença no mercado de moda acessível e atingir um público mais amplo", afirma Prado.
A Coach foi fundada em 1941 e mudou de nome para Tapestry em 2017. Em agosto de 2023, a empresa comprou a Capri Holdings, dona das marcas Versace, Michael Kors e Jimmy Choo, por US$ 8,5 bilhões (R$ 42,5 bilhões).
Kering Group, Gucci e Yves Saint Laurent
O Kering Group é uma empresa que reúne diversas marcas de luxo famosas. Em 1999, comprou a Gucci e Yves Saint Laurent. As aquisições foram essenciais para transformar o grupo em um dos maiores conglomerados de luxo do mundo, segundo Prado. Em 2023, comprou 30% da Valentino, empresa de luxo italiana.
GAP Inc. e Intermix
A GAP Inc., varejista especializada em roupas dos Estados Unidos, comprou a Intermix, uma butique de moda de luxo com várias lojas nos Estados Unidos, em 2013. A operação foi de US$ 130 milhões. Em 2021, a Intermix foi vendida para a empresa Altamont Capital Partners, se desvinculando da Gap.
Restoque e Dudalina
No Brasil, a Restoque (atual Veste) comprou da Dudalina em 2014 por R$ 1,4 bilhão. A Dudalina é uma marca de vestuário feminino, conhecia pelas camisas sociais. Hoje o grupo Veste é dono de outras marcas, como Le Lis, John John, Bo.Bô e Individual. O Restoque mudou o nome para Veste em 2022.
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A Renner adquiriu a Camicado, especializada em produtos para casa e decoração, em 2011 no Brasil. A compra fez a loja de departamentos expandir sua categoria de produtos.
Fusões do grupo Soma e Arezzo
Tanto Arezzo como Soma fizeram diversas aquisições ao longo dos últimos anos. Uma das principais aquisições da Arezzo&Co foi a do Grupo Reserva, que passou a se chamar AR&CO. A aquisição marcou a entrada do grupo no setor de vestuário — até então, o foco da Arezzo era nos calçados. Hoje são 12 marcas.
O Grupo Soma foi criado em 2010 após a fusão entre as marcas Farm e Animale, ambas fundadas na década de 1990. A partir de 2020, o grupo acelerou sua expansão, com diversas aquisições, como Dzarm e Hering. Na época, a compra da Hering foi disputada entre Soma e Arezzo.
A aquisição da Hering pelo Grupo Soma foi um marco na tese de consolidação do grupo. Após diversas operações menores visando expansão de portfólio e operacional, o Soma garante sua entrada no mercado de vestuário popular em uma transação avaliada em mais de R$ 5 bilhões.
Sophia Prado, sócia da Fortezza Partners
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