Empresários, políticos e fãs prestam homenagem a Abilio Diniz em velório

Grandes empresários brasileiros, políticos e admiradores estão prestando suas homenagens ao ex-presidente do Grupo Pão de Açúcar, Abilio Diniz, em velório realizado nesta segunda-feira (19) no Salão Nobre do estádio MorumBis, do São Paulo Futebol Clube, seu time do coração. Abilio morreu no domingo (18), aos 87 anos, de insuficiência respiratória em função de uma pneumonite, depois de três semanas internado no Hospital Israelita Albert Einstein.

O que aconteceu

Às 15h, os portões foram fechados ao público para um momento reservado à família. Às 16h, o corpo deve deixar o Morumbis para o sepultamento. Os portões do salão nobre do MorumBis ficaram abertos ao público das 11h às 15h nesta segunda (19). O enterro, porém, será restrito à família, de acordo com comunicado da assessoria de imprensa do empresário. Não foram divulgados detalhes sobre o sepultamento.

Na parte da manhã, dezenas de pessoas, entre amigos e admiradores de Abilio, entraram no estádio MorumBis pelo portão 17, que dá acesso ao salão nobre. Alguns usam camisas do time de futebol do São Paulo. Por volta das 14h, o movimento de chegada de figuras públicas no salão nobre começou a diminuir, mas admiradores ainda marcavam presença ao funeral nesta tarde. O velório de Abilio Diniz será encerrado às 15h. Depois, o corpo dele será sepultado. A família não informou em qual cemitério será realizada a cerimônia

Atendendo a um pedido do empresário, a música O que é, o que é, de Gonzaguinha, foi tocada no velório.

No salão nobre, amigos, familiares e fãs de Abilio Diniz foram orientados a não usar celulares ou fotografar o local. A ordem veio da família, que pede privacidade neste momento. O caixão com o corpo do empresário está localizado entre uma fotografia dele e imagens de Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Fátima.

A imprensa ficou posicionada na rampa que leva ao salão, acompanhando a entrada e saída de quem comparece para se despedir do empresário. Coroas de flores não param de chegar. Carrefour, Coca-Cola, BTG Pactual e Itaú são algumas das empresas que mandaram arranjos.

Já passaram pelo velório vice-presidente da República Geraldo Alckmin (PSB), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT). À tarde, é esperado o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Não só autoridades passaram pelo estádio nesta segunda. Funcionários e ex-funcionários também passaram pelo velório para o último adeus ao empresário.

Veja o que estão dizendo no velório sobre Abilio:

Continua após a publicidade

O ex-presidente da República, Michel Temer (MDB) e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), chegaram juntos já nos minutos finais da cerimônia.

O Abílio vai deixar uma falta imensa pela sensatez, pelo equilíbrio, pela ponderação e pela moderação, que é o que o Brasil precisa. Michel Temer, ex-presidente da República

Hoje o Brasil perde certamente um dos maiores empreendedores e entusiastas deste país. Alguém que acreditou no Brasil, que lutou pelo Brasil, para que o Brasil desse certo. E deixará um legado para as próximas gerações no sentido de um brasileiro que acredita no nosso país e buscou construir, através do seu olhar, do seu vigor e do seu sentimento visionário, investir para que o Brasil possa dar certo. E que as próximas gerações possam ter nele uma referência de desenvolvimento para o país. Helder Barbalho, governador do Pará

O Abilio, pelo histórico dele, era um homem do tempo analógico. Quando não tinha rede social, sabia do nome do Abilio, do Pão de Açúcar. Quando a gente conheceu o Abilio foi bem na época da pandemia e ele foi o empresário que mais nos ajudar fortalecer o trabalho naquele período. Ele ajudou a gente a quebrar muitos preconceitos. De parte a parte, o setor privado tinha muita desconfiança com o terceiro setor. Quando levei ele na favela, e era a primeira vez que ia com a gente, ele dizia que as pessoas também eram líderes. Como líder, ele inspirava as pessoas a partirem do exemplo dele. Espero que mantenhamos essa memória viva. Preto Zezé, presidente da Cufa (Central Única das Favelas)

[O Abilio) sempre foi uma referência muito importante. Como amigo fica uma saudade enorme. Como brasileiro, uma gratidão por ter sempre pensado no país. E como alguém que acredita no empreendedorismo como parte da solução das coisas, o Abilio vai ser sempre uma luz, uma referência a ser seguida. É uma perda enorme. Luciano Huck

Abilio não era apenas um empreendedor bem-sucedido, ele era também referência de solidariedade, dedicação e tinha como poucos uma capacidade ímpar de ouvir, ele se foi, mas vou continuar seguindo muitos dos seus conselhos. Como empreendedor e como um brasileiro. Celso Athayde, presidente da Favela Holding

Continua após a publicidade

Pessoas como Abilio Diniz não morrem, permanecem vivas para sempre, por meio do legado e das lições que deixam para a sociedade e para todos os indivíduos cujas vidas impactaram. Desde que aceitei o convite para liderar a operação brasileira da nossa empresa, em 2021, tive um guia que trouxe importantes contribuições para minha missão à frente do negócio. Stephane Maquaire, CEO do Grupo Carrefour Brasil

A cidade está muito sofrida com a perda do Abilio Diniz. A gente deve muito para esse exemplo de homem, exemplo de empresário. Sempre cuidando, ao lado da Geyse (Diniz, esposa de Abilio) das questões sociais, principalmente da segurança alimentar. Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo

(Matéria em atualização)

Deixe seu comentário

Só para assinantes