NY, Londres e Santiago: preço das passagens caiu; é hora de comprar?

Para quem quer viajar para outros países em 2024, agora é um bom momento para ficar de olho nos voos. O custo médio da passagem aérea para os destinos fora do Brasil caiu até 22% este ano em comparação a 2023. O dado é conforme o buscador de viagens, Kayak. Entenda o motivo e como aproveitar.

Os lugares mais procurados pelos brasileiros

Os destinos mais buscados para viajar no exterior que tiveram queda no valor da passagem foram:

Nova York (Estados Unidos) caiu 22%, de R$ 5.001 para R$ 4.099

Londres (Inglaterra) caiu 21%, de R$ 4.571 para R$ 3.778

Santiago (Chile) caiu 21%, de R$ 1.921 para R$ 1.588

Miami (Estados Unidos) caiu 12%, de R$ 4.243 para R$ 3.788

Orlando (nos Estados Unidos) caiu 8%, de R$ 4.882 para R$ 4.520

Viagens pelo Brasil estão mais caras

Somente três entre os dez destinos nacionais mais procurados tiveram queda no valor médio das passagens aéreas em 2024 em comparação a 2023:

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Salvador caiu 8%, de R$ 1.423 para R$ 1.318

Porto Seguro caiu 5%, de R$ 1.363 para R$ 1.298

João Pessoa caiu 1%, de R$ 1.680 para R$ 1.663

Maior alta de preço foi de 10% para Natal, de R$ 1.515 para R$ 1.683. Outros destinos também registraram aumento nos valores. Por exemplo, São Paulo (7%), Recife (6%) e Maceió (5%).

Os dados são do levantamento do buscador de viagens, Kayak. O levantamento foi realizado no dia 31 de outubro de 2023, considerando buscas por voos de ida e volta, em classe econômica, de todos os aeroportos do Brasil, para todos os aeroportos do mundo e vice-versa. Os preços são uma média e podem variar com o tempo, afirma Gustavo Vedovato, gerente do Kayak no Brasil.

Entenda a mudança nos preços

Petróleo é o principal fator que interfere diretamente nos preços. O insumo caiu muito durante a pandemia porque o consumo global despencou e, com isso, os maiores produtores de petróleo também reduziram sua produção de barris por dia.

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Após a pandemia, a retomada foi tão forte e rápida, que o preço do petróleo disparou. Pela alta demanda e pelo tempo de produção, já que precisa ser refinado. Foi nessa etapa que esbarrou com mais problemas, como na logística global dos portos, diz Bruno Corano, economista e investidor.

Custo com os pilotos das companhias aéreas não é nada barato. A maioria das legislações exige que para manter sua licença, precisam estar voando pelo menos uma vez por mês. Foi necessário retomar aulas de instrução de voo e revalidação dos exames para estarem aptos a voar novamente.

Cenário está voltando aos eixos de pouco em pouco. E essa normalização contribui para que haja uma queda significativa em algumas opções de passagens aéreas, uma vez que os últimos anos desestabilizaram o setor.

Nessa indústria, paralisar e retomar não é uma coisa imediata, você cria falta de oferta e vem uma demanda repentina. E isso faz o custo disparar. Agora, o petróleo caiu e as empresas estão finalmente conseguindo aumentar a disponibilidade.
Bruno Corano, economista e investidor

Comprar com antecedência vale a pena

Planejamento nessas horas faz toda a diferença. Isso faz com que você aproveite a baixa dos preços e não gaste uma fortuna sem necessidade. Também pode buscar por ferramentas gratuitas que exibem a média de valores em determinada época do ano, explica Corano.

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Antecedência para comprar com o melhor preço varia conforme o destino. A pesquisa mostrou que para a América do Sul, o ideal é comprar sete semanas antes, enquanto para a Europa e o Pacífico Sul, é de 26 semanas.

Viagens para a África, Ásia, Europa, Oriente Médio e Pacífico Sul tendem a ter passagens áreas com preço médio mais elevado. Por isso, vale considerar períodos com movimentação menor, sendo flexível quanto às datas e fugir das temporadas de férias.

Fique de olho no que está acontecendo no seu destino. Às vezes, existem eventos e demandas pontuais nos mais diversos lugares que vão fugir da lógica e aumentar o preço das passagens, como uma grande feira expositora ou um desfile famoso.

Ferramentas online e gratuitas que auxiliam no planejamento e na busca de tarifas mais baixas também podem ajudar a identificar os dias mais acessíveis para voar, além de sugerir o momento ideal para comprar as passagens.
Gustavo Veldovato, gerente do Kayak no Brasil

O que vai ser daqui para frente

Não dá para prever quando vai cair ou subir, ou seja, uma tendência de valores. Mas existem fatores diferentes que influenciam nos preços das passagens, como a variação de preço internacional do combustível, procura por um determinado preço, flutuação cambial e configuração das malhas aéreas, comenta Veldovato.

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Tudo também vai depender do custo do petróleo. O aumento da demanda ou sinais de desaceleração econômica entram nessa conta. Já a concorrência pode puxar os preços para baixo. Se a demanda aumentar muito e tiver sinais de desaceleração econômica, os preços caem, porque começa a sobrar assento.

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