Moradores do RS podem suspender ou negociar dívidas; juro depende do banco

Os moradores do Rio Grande do Sul afetados pelo forte volume de chuva que atingiu a região nos últimos dias poderão interromper ou renegociar as dívidas bancárias. O anúncio foi feito pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), que também liberou R$ 6 milhões em doações para auxiliar no socorro das vítimas.

O que aconteceu

Os temporais deixaram mais de 330 municípios em calamidade. As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul resultaram em enchentes em diversas regiões do estado. A tragédia já resulta em 83 mortes confirmadas e 111 desaparecidos. Segundo a Defesa Civil, há também 20.070 pessoas em abrigos e 129.279 desalojados.

Febraban libera R$ 6 milhões e anuncia medidas de apoio. Diante da situação, a federação determinou a interrupção do pagamento e renegociação de dívidas, liberação do saque calamidade do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

As taxas de juros cobradas dependem dos bancos. Segundo a entidade que representa os bancos, os moradores que aderirem à suspensão ou renegociação ficam sujeitos à política de cada banco participante.

Cada instituição financeira tem sua política própria de concessão de crédito e condições de suspensão e renegociação de dívidas com seus clientes.
Febraban, em nota

Haverá também ações de auxílio para funcionários dos bancos e familiares. As agências do Itaú, Bradesco, Santander, BTG Pactual, Banco do Brasil e Caixa serão abertas para recebimento de doações e o reforço de orientações às equipes de seguros das instituições.

A Federação Brasileira de Bancos e seus bancos associados manifestam profundo pesar às vítimas das chuvas históricas que atingem o Rio Grande do Sul, se solidarizam com as famílias atingidas pela catástrofe e se somam aos esforços das autoridades para o atendimento emergencial da população.
Febraban, em nota

Caixa já havia antecipado liberação do FGTS. Na semana passada, o saque calamidade para as vítimas já estava autorizado. Os valores podem ser solicitados pelo aplicativo do Meu FGTS. Os pagamentos dos contratos de financiamento imobiliários para as regiões atingidas podem ficar suspensos por até três meses.

Apoio se soma às doações realizadas em 2023. No ano passado, o setor bancário desembolsou mais de R$ 4 milhões para auxiliar os moradores atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul em setembro de 2023, quando 54 pessoas morreram.

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