Tragédia afeta 95% dos empregos no Rio Grande do Sul, mostra IBPT

As enchentes e inundações que devastaram o Rio Grande do Sul no último mês trazem também um cenário indigesto para o mercado de trabalho local. Segundo análise do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), 95% dos empregos do estado foram atingidos pela tragédia.

O que aconteceu

Trágedia atingiu 471 municípios do Rio Grande do Sul. De acordo com o balanço mais recentes da Defesa Civil, os estragos afetaram mais de 2,3 milhões de gaúchos. Há também 169 mortes confirmadas e 44 ainda desaparecidos.

Municípios não atingidos pela tragédia têm baixa participação no mercado de trabalho. Segundo os dados, apenas 79 cidades passaram ilesas. Elas, no entanto, representam 5% do total de empregos do estado. O percentual equivale a 209 mil postos e massa salarial de R$ 8 bilhões.

Os 30 municípios que tem a maior quantidade de empregos foram afetados. O estudo do IBPT destaca que as chuvas nas localidades afetam 62,5% dos postos de trabalho com carteira assinada e 69% da massa salarial total.

Porto Alegre, Caxias do Sul e Canoas têm os maiores mercados. As cidades alagadas contam com, respectivamente, 684.076, 167.307 e 92.269 postos de trabalho.

Prazo para a recuperação é considerado desanimador. Segundo o presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike, serão necessários muitos anos para o reestabelecimento completo das empresas e do mercado de trabalho gaúcho.

Entendemos que o Governo do Estado terá de criar um plano de fomento e subsídios para ajudar que novamente os habitantes possam ter uma vida digna, próxima dos padrões que tinham antes desta super tragédia acontecer.
João Eloi Olenike, presidente-executivo do IBPT

Estado tem 3,2 milhões de empregos. O estudo do IBPT foi realizado a partir de dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregado) e sinalizam para uma massa salarial anual de R$ 160 bilhões.

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