Operação da PF mira suspeitos de usar criptomoedas para lavar dinheiro

A PF (Polícia Federal) cumpre na manhã desta terça-feira (10) oito mandados de prisão e 19 de busca e apreensão para desarticular três grupos suspeitos de lavar dinheiro do tráfico de drogas e do contrabando com a ajuda de criptoativos. Segundo a investigação, os alvos da Operação Niflheim utilizavam do mecanismo para enviar os recursos para o exterior.

O que aconteceu

Operação da PF mira suspeitos de lavar dinheiro com auxílio de criptoativos. A ação realizada em conjunto com a Receita Federal cumpre oito mandados de prisão e 19 de busca e apreensão nos municípios de Caxias do Sul (RS), São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Brasília (DF).

Investigação afirma que os grupos atuavam organizadamente. Segundo a PF, os alvos da Operação Niflheim mantêm relações entre si e poderão ser considerados uma única organização criminosa. Os líderes dos grupos atuariam nas cidades de Caxias do Sul (RS) e de Orlando (EUA).

PF afirma que investigados tinham mecanismo para ocultar o dinheiro. A investigação iniciada em 2021 identificou que os grupos atuavam em diversas camadas de operações financeiras. Com os recurso ilícitos, principalmente oriundos do tráfico de drogas e do contrabando, os investigados usavam de empresas de fachada para dificultar o rastreamento do dinheiro.

Suspeitos dinheiro de origem ilícita para o exterior. Segundo a PF, a lavagem de dinheiro resultava na transferência de remessas para outros países. Os principais destinos listados eram Estados Unidos, Hong Kong, Emirados Árabes e China. Desde o começo da investigação, os suspeitos teriam movimentado mais de R$ 55 bilhões.

Justiça bloqueou mais de R$ 9 bilhões dos investigados. Além dos mandados de prisão, os agentes da Justiça Federal determinou o bloqueio de valores em contas bancárias e criptomoedas dos alvos da Operação. Também foi estabelecida a apreensão de veículos e imóveis.

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