Termina hoje prazo para sacar dinheiro esquecido em bancos; saiba como

Os brasileiros têm até esta quarta-feira (16) para sacar "dinheiro esquecido" nos bancos. Os valores que não forem resgatados irão para o governo federal.

O que aconteceu

Estimativa é de que haja R$ 8,5 bilhões esquecidos. O montante será usado para reforçar as contas do governo para manter a desoneração da folha de pagamento até 2027.

Na quinta-feira (17), os recursos não sacados serão transferidos para a conta única do Tesouro Nacional. Isto será feito para atender à lei que compensa a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de 156 municípios, aprovada em setembro pelo Congresso. Os R$ 8,5 bilhões comporão os R$ 55 bilhões que entrarão no caixa do governo para custear a extensão do benefício.

A maior quantia resgatada até agora foi de R$ 3,3 milhões. A solicitação foi de uma empresa (pessoa jurídica), em março de 2023. Em julho de 2023, ocorreu o maior saque para pessoa física: R$ 2,8 milhões.

Uma única pessoa tem R$ 11,2 milhões disponíveis para saque, segundo divulgou o BC em setembro. A identidade dessa pessoa foi preservada pela instituição. Já entre pessoas jurídicas, o valor mais alto disponível é de R$ 30,4 milhões.

Como saber se você tem dinheiro esquecido

O Banco Central tem um sistema de consulta de valores esquecidos. O Sistema de Valores a Receber permite que pessoas físicas e jurídicas vejam se têm recursos esquecidos em bancos, consórcios ou outras instituições do sistema financeiro. Também é possível consultar recursos de pessoas falecidas.

A consulta é feita pela internet. Para consultar, é preciso acessar o site oficial do sistema, informar seu CPF e data de nascimento e clicar em "consultar". Para solicitar o resgate do valor a receber, é preciso entrar no sistema com a sua conta gov.br.

Qual é a origem dos valores?

  • Contas corrente ou poupança encerradas com saldo disponível
  • Tarifas cobradas indevidamente
  • Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente
  • Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários de cooperativas de crédito
  • Recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados
  • Contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível
  • Contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas com saldo disponível
  • Outros recursos disponíveis nas instituições para devolução
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Passo a passo de como sacar o dinheiro

Passo 1

Acesse o site valoresareceber.bcb.gov.br na data e no período de saque informado na primeira consulta. Caso tenha esquecido qual era o dia, é possível voltar ao sistema na repescagem.

Passo 2

Faça login com a conta gov.br (nível prata ou ouro). O resgate é autorizado para quem tem conta acima do nível bronze. Se você ainda não tiver conta bronze, faça logo o cadastro ou aumente o nível de segurança no site ou no aplicativo gov.br (veja como fazer). A orientação do BC é não deixar para criar a conta e/ou ajustar o nível no dia de agendar o resgate.

Passo 3

Leia e aceite o termo de responsabilidade.

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Passo 4

Verifique o dinheiro a receber, a instituição que deve devolver o valor e a origem (tipo) do valor. O sistema poderá fornecer informações adicionais, se for o caso.

Passo 5

Clique em uma das opções indicadas pelo sistema:

"Solicitar por aqui": para devolução do valor via Pix, em até 12 dias úteis. O usuário deverá escolher uma das chaves Pix, informar os dados pessoais e guardar o número de protocolo, caso precise entrar em contato com a instituição.

"Solicitar via instituição": voltado para usuários que não têm Pix. Neste caso, será preciso entrar em contato pelo telefone ou e-mail informado para combinar com a instituição a forma de retirada.

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Os canais de atendimento da instituição vão aparecer na tela de informações dos valores a receber.

* Com Agência Estado e Agência Brasil.

6 comentários

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Marcio Assad Crudo

O site de consulta não funciona desde ontem 

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Marílio Caldeira do Espírito Santo

A opção "solicitar por aqui informando o pix" só funciona se a instituição detentora do crédito estiver cadastrada no sistema, mas como os MALANDROS não se cadastram, com o único objetivo de dificultar a devolução do crédito, o único jeito de "receber" o dinheiro é solicitando ao próprio credor. Já tentei esse caminho por diversas vezes e o credor sempre protela a conclusão do processo. Pedem um documento, depois outro, depois outro, pedem número de conta, pix, te fornecem senhas, número de protocolos, etc., etc., etc., naturalmente na expectativa de você desistir.

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Fernando Fonseca

Cade o STF e a midias cúmplices para interferirem para não haver esse roubo do dinheiro do povo humilde ???

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